O Café e a Loba

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Olá! Eu sei que ando sumida, mas não se preocupem, eu não desisti de nenhum texto e logo devo atualizar a fanfic que está em aberto

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Olá! Eu sei que ando sumida, mas não se preocupem, eu não desisti de nenhum texto e logo devo atualizar a fanfic que está em aberto. Porém tenho prontos alguns textos soltos daqueles deliciosamente curtos que você devora de uma vez e fica toda mexida.... achei uma boa trazer para vocês. Contos curtos de leitura rápida porém imersivos. 

Leiam, comentem e compartilhem com os amigos!

Observa como loba entre as folhas, com os dentes a mostra em um puxar de canto que desnuda o canino, quando a língua resolve umedecer os lábios da boca cheia de vontade

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Observa como loba entre as folhas, com os dentes a mostra em um puxar de canto que desnuda o canino, quando a língua resolve umedecer os lábios da boca cheia de vontade. Até por que, outros lábios não careciam de mais nenhuma umidade naquele momento. Ah não! Estes já estavam bem aguados, desde o instante em que os a viu passar, deixando um rastro de perfume que atingia o olfato com a precisão de um soco, bem daqueles que desorienta o juízo.

Era um local que estava em um meio termo confortável. Movimentado o suficiente e calmo o bastante. Tanto que, havia praticamente uma única funcionária dando conta do salão e do caixa naquele momento, enquanto o pessoal da cozinha focava em produzir entregas para o delivery. E essa funcionária era a presa perfeita que a loba observava em um joguinho divertido de flertes sutis que escalonavam paulatinamente para algum grau de desfaçatez e ousadia instigantes.

Eram assim já há algum tempo. Uma observava abertamente com um sorriso predador e um olhar de atrevimento e a outra sorria e ajeitava o cabelo com uma falsa timidez que não convencia, mas atiçava. Não começaram no descaramento, mas um olhar aqui e outro acolá, algumas palavras trocadas despretensiosamente. Havia certa leveza na casualidade que pouco a pouco foi morfando em interesse ao longo de semanas que logo se tornaram meses.

E todas as manhãs ficavam mais agradáveis quando a loba chegava na cafeteria, pegava a fila fingindo desinteresse apenas para chegar ao balcão. Uma vez de frente uma para a outra a loba alargava o sorriso safado enquanto tirava teatralmente as lentes escuras dos óculos.

- Você já sabe o que eu quero, não é? – A frase saia quase canora, carregada de sugestividade. O olhar por cima da armação dos óculos de grau e o sorriso sacana vinha junto com a segurança de quem sabe que é atraente.

- Um pão de queijo e um café preto sem açúcar. – A moça respondia do outro lado do balcão com um sorriso carismático enquanto os olhos esquadrinhavam cada detalhe da outra. – Algum problema estiver muito... quente e forte?

A atendente corou com a própria fala, mas manteve a pose, afinal já havia começado o flerte não podia perder a compostura naquele momento. Pareceria patética, não é? A respiração pesou quase como se estivesse puxando o ar antes de um mergulho e então os olhares se cruzaram diretamente pela primeira vez.

- Na verdade eu prefiro assim. Sempre. – A resposta veio junto com a nota de dez reais. A loba não esperou o troco, apenas foi para sua mesa e se sentou, no aguardo de seu pedido fitando com interesse a outra trabalhando nervosamente para preparar. A viu ajeitar tudo numa bandeja, pegar seu troco e rabiscar algo no caixa. Apreciou com deleite o caminhar inseguro, porém firme da moça em sua direção, deixando o pedido e se afastando sem nada dizer. O café fumegante em uma xícara de porcelana, o pão de queijo em um pratinho e um guardanapo dobrado fora do padrão. Com um telefone marcado à tinta azul.

Então os olhares se cruzariam diretamente não só naquele café, não apenas por aquele momento...

Então os olhares se cruzariam diretamente não só naquele café, não apenas por aquele momento

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