Casamento?

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No reino Omaticaya, a família Real, os Sully's, estavam voltando de uma festa a qual foram convidados. Era a festa de um nobre muito respeitado, então em forma de reconhecimento, não puderam recusar aparecer. Ao chegarem em sua residência, todos foram diretamente aos seus aposentos, e com certeza o que mais estava zonzo pelo dia agitado, foi o príncipe primogênito, Neteyam, que chegou no quarto já se queixando.

– Ugh... Os duques não pararam de me servir vinho... Foram pelo menos 6 taças... – Se sentia um pouco tonto pelo excesso de bebida que ingeriu. – Hoje foi tão cansativo, me sinto exausto. – Se sentou em sua poltrona no canto do quarto com a mão na testa, por conta da tontura.

– Vossa Alteza gostaria que eu preparasse um banho para vossa senhoria? – A jovem empregada fez uma reverência ao falar com o príncipe, e falava da forma mais formal que conseguia, o que arrancou um pequeno riso verdadeiro de Neteyam.

– Dorothy, sei que está empolgada por ter sido empregada aqui, porém por ser minha criada, gostaria que tratasse a mim com menos formalidade, sim? – Sorriu com gentileza para a garota.

– Perdão? – Ficou surpresa por um nobre tão poderoso e respeitado ter dispensado sua forma exageradamente educada de falar. – Ah! Sim, senhor.

– Mas falando do banho, eu aceito, obrigado. – Deu um sinal, a deixando ir à tarefa, ela fez uma reverência novamente e então foi fazer o que deveria.

Antes que Neteyam pudesse respirar de alívio pela noite finalmente ter chegado ao fim, alguém bateu na porta.

– Entre! – Permitiu já se sentindo mais cansado, se é que isso era possível.

– Boa noite, Vossa Alteza. – A mulher fez uma reverência ao entrar. Era uma outra empregada com um bilhete em mãos. Era um costume da família mandar bilhetinhos de vez em quando ao invés de mandar mensagens pelo celular. – Desculpe-me por atrapalhar seu descanso, sei que hoje foi um dia puxado para o senhor.

– Sim, não há problema. Se tem algo a dizer, sinta-se a vontade. – Se ajeitou no acento e a olhou com atenção, mesmo que isso lhe custasse menos tempo de descanso.

– Bem, haverá uma conversa amanhã no café da manhã a respeito do tema, mas seu pai gostaria de lhe dar um aviso prévio. – Abriu a pequena cartinha e estendeu a mão para entregá-la.

– Estou morrendo de dor de cabeça agora, poderia ler para mim? – Só de pensar em ler a essa altura do campeonato, sentia as sinapses de seu cérebro pararem de acontecer.

– Claro, Alteza. – Pigarreou e então começou a ler. – “Caro filho, gostaria de lhe avisar que juntamente com a nossa união com o reino Metkayina, estaremos planejando seu casamento com o herdeiro do trono dele, discutiremos isso amanhã de manhã. Atenciosamente, seu pai, o rei Jake Sully”.

A feição de Neteyam mudou de cansaço para raiva muito rapidamente ao ouvir aquela citação. Como assim casamento?! Ele não pediu por isso. “Se os reinos querem se unir, se unam sem casar os herdeiros!” era o que se passava em sua cabeça. Ele se sentiu até mesmo ofendido com aquela situação, como se fosse visto como uma marionete que não pode tomar decisões próprias e que não tem sentimentos. Mas ele estava cansado até para brigar, então deixaria passar aquele desaforo.

– Certo... – Suspirou fundo, se mordendo de raiva. – Entendi o recado, pode se retirar. – Acenou para que ela saísse, e então ela o fez, o desejando uma boa noite. – Ahh... Que noite desagradável. – Se escorou de volta na poltrona e ficou esperando seu banho ficar pronto.

A noite passou bem tranquilamente, houve uma chuva relaxante pela madrugada e como o jovem príncipe não tinha nenhum compromisso no dia seguinte, surpreendentemente, ele se deu o luxo de dormir até mais tarde que o habitual.

A espada prometida para o príncipe - Ao'nung X NeteyamWhere stories live. Discover now