𝟭𝟲𝟭

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Maratona 2/5

𝐌𝐚𝐣𝐮'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Estacionei em frente a casa da Marília e toquei a campainha no mesmo instante.

Não demorou pra que Éverton abrisse a porta e ficasse confuso ao me ver.

-Maju, o que houve?- ele se preocupa.

-A gente terminou.- digo desabando de chorar.

Ele rapidamente fechou a porta e me abraçou.

-Calma, eu tô aqui.- Éverton diz me tranquilizando.

-Vem.- ele me leva até o sofá e logo se senta do meu lado.

Marília desceu e também ficou assustada com a cena.

-Meu Deus, o que houve?- ela pergunta preocupada.

-Eles terminaram.- Éverton diz.

-Amiga... Porque?- ela pergunta se sentando na minha frente e fazendo carinho na minha perna.

-A gente tava mal a muito tempo porque eu sei que ele tá muito triste mas ele não conversa comigo. Eu tenho ajudar ele e ele recua...- tento falar e já começo a chorar de novo.

-Pega água pra ela, lindo.- Marília fala com Éverton e ele se levanta rapidamente.


Logo ele chegou com a água e eu bebi pra me acalmar.

-Consegue falar agora?- Marília pergunta.

-Aí hoje eu disse pra ele que não ia dar se ele não se abrisse comigo sobre a dor dele e ele não reagiu bem. Saiu do quarto e quando voltou pediu pra terminar, e eu concordei.- digo.

-Porque você não me contou isso, amiga?- Marília pergunta.

-Porque eu achei que era coisa do momento, por ser um momento difícil. Achei que uma hora ele ia se abrir comigo e que isso ia passar. Eu tava tentando ser boa pra ele.- digo.

-Mas agora toda vez que eu olho pra ele eu me sinto culpada por ter perdido o nosso bebê.- digo e Marília me abraça.

-Não é culpa sua. Você tá machucada e mesmo assim tentou de tudo pra ajudar ele também.- ela diz.

-As vezes vocês realmente precisam disso pra ficarem bem.- Éverton diz.


-Éverton, eu sei que tá tarde, mas você pode ir lá ver como ele tá?- olho pro mesmo.

-Claro, vou lá agora.- ele levanta indo em direção a porta.

-Lindo, você vai de pijama?- Marília pergunta.

-Eita. Só vou trocar de roupa e já vou lá, viu, Maju?- ele diz e eu dou uma risada.

-Só vocês pra me arrancar uma risada agora.- digo negando com a cabeça.

Éverton trocou de roupa e foi até a casa do Gabriel.

-Então, você quer ficar triste ou quer que eu faça uma panela de brigadeiro pra gente comer e rir falando besteira de tudo mundo?- Marília me pergunta.

-Eu quero ficar triste comendo uma panela de brigadeiro enquanto a gente fala mal das pessoas.- digo e ela ri, me arrastando até a cozinha.

Fiquei sentada no chão enquanto ela fazia o brigadeiro.

-Não é muito louco como as coisas mudam? Eu tava feliz, com o amor da minha vida, ótima no trabalho, caminhando pra construir minha família.

-Aí de repente, minha mãe morre, meu pai me empurra, minha filha morre dentro de mim e de quebra, acabo sem o meu namorado também.- reflito.

-Olha amiga eu já estive na estaca zero mas agora eu tô negativada.- digo.

-Mas você ainda tem a mim, ao Éverton e aos seus afilhados que estão lá em cima dormindo feito anjos e amanhã vão te dar muito amor. Deixo até eles faltarem a aula.- Marília diz.

-Por isso essas crianças me amam, você deixa eles faltarem aula por minha causa.- brinco.

-Tá pronto.- ela diz desligando o fogão.

-Será que eu mando mensagem pro Éverton e pergunto como tá lá? Tô preocupada.- digo me levantando pra irmos pra sala.

-Amiga eu sei que é difícil mas tenta não pensar muito nisso agora. Já já o Éverton tá aí.- ela me tranquiliza.

[...]

-Cara, graças a Deus eu tenho você, Marília.- digo dando a colherada na panela.

-Que? Como assim?- ela diz confusa.

-Amiga são quase 2 da manhã, você acabou de furar a sua dieta pra decorar uma panela de brigadeiro comigo. Você provavelmente tá cansada porque acordou cedo hoje, é mãe de dois, acorda cedo amanhã, e ainda assim tá aqui fazendo de tudo pra eu me sentir melhor.- digo.

-Se não fosse você, não existia nem Maju mais pra contar a história.- digo rindo.

-E em quantos momentos eu precisei de você e você largou tudo pra me ajudar? Quando meu filho nasceu e você passou dias sem sair do hospital porque você é médica e podia ficar com ele o tempo todo. Quando eu quero um vale night e você cancela seus planos pra cuidar dos meus furacões...

-Amiga, a gente é isso. Quando uma tá caindo a outra segura e pronto. Isso basta pra gente.- ela diz e uma lágrima escorre pelo meu rosto de novo.

-Olha só, eu tô sensível hoje.- digo e ela me abraça.

Quem tem uma amizade igual a nossa tem tudo.

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Elas❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

Queria mais uma vez pedir pra vocês não me matarem ok🙂🙂🙂🙂 Já disse que tudo vai se resolver.

Comentem demais pra eu trazer mais maratonas.

não te amo.- yuri alberto e gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora