fio vermelho

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Coisa do destino foi te conhecer.


ALEXANDRE POV

Depois de passar uma madrugada inteira bebendo com Otaviano e Rodrigo, a segunda-feira tinha chegado e as atividades da exposição já estavam rolando no Louvre.

Eu nem sabia como tinha sobrevivido aquela noite. No dia seguinte, eu estava além da ressaca física, também com a ressaca moral e com meu corpo todo dolorido, da cabeça a pontinha do dedo do pé de tanto dançar. Foi o que pelo menos os rapazes falaram, porque eu mesmo não me lembro de nada.

Mas me lembro dela. Às vezes me pegava olhando para sua direção, lá estava ela rindo, conversando, bebendo e também dançando, e no mesmo segundo mudava o meu foco para outro lugar.

Lembro que no meio disso tudo, eu disse para mim mesmo que se Giovanna não queria me escutar e resolver isso direito, eu não poderia fazer nada sobre. As pessoas tendem a enxergar e acreditar naquilo que elas querem.

Não inválido minha insensibilidade e meu erro, mas eu não errei por simplesmente querer errar. Não iria dizer algo tão grosseiro, sobre uma arte que dizia tanto.

Depois de tanto beber, acordei em casa, todo troncho no sofá, com a mesma roupa que sai. O corte seco feito na noite de bebedeira me fez esquecer muita coisa que eu tinha feito. Ainda bem!

Neste mesmo dia de ressaca, recebi um e-mail da organização com o roteiro daquela semana. Durante os cinco dias, os dez artistas iriam se preparar para passarem por um tipo de prova.

Cada crítico - inclusive eu - ficaria com dois artistas para conseguir dar mais atenção e suporte para aquilo que eles iriam precisar. No sexto dia, eles apresentariam uma obra com a história que eles tinham recebido.

Pela manhã, daquela segunda-feira, iríamos fazer o sorteio das histórias e também o crítico que ficaria com cada aluno, uma forma de manter todo o evento justo. E pela tarde já iríamos começar os trabalhos, para que no final de semana, fosse apresentado a obra e se ela atingiu todos os "requisitos".

Eu já estava na sala que normalmente fazíamos a reunião, esperando que todos chegassem. Em poucos minutos todos já estavam ali e, claro, ela também. Tentava não olhar muito e esquecer de vez aquilo tudo. Achei que esquecendo, pudesse tornar as coisas mais "fáceis".

De início explicamos para eles como seria, tiramos algumas dúvidas e disse que caso um colega quisesse trocar de história e/ou de crítico com o outro, a troca poderia ser feita sem nenhum problema.

Primeiro os artistas sortearam a história, houve uma troca ali e outra aqui, até que todos estivessem satisfeitos. Em sequência, eles mesmos tiraram o nome do crítico e novamente começaram o jogo de troca, ato esse que demorou mais, até que se cessasse o burburinho dando indício que eles tinham terminado.

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