III - Toque Caloroso

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Luffy jogava conversa fora enquanto comia, mas S/n não conseguia pensar em mais nada depois daquela frase dita por ele. Por mais que o garoto agisse como se nada tivesse acontecido, ela ainda sentia uma vergonha imensa (que nem mesmo sabia o porquê).

- Sabe, quando eu comi a Akuma no Mi tive um susto danado. Só imagina, você estava completamente normal como sempre mas aí seu braço estica.

- Quando estica por um comando seu, até que vai, mas esticando do nada deve ser estranho demais. Doeu?

- Não.

- Nem sei porque perguntei isso, ah... tanto faz.

- Por que você tá assim?

- Assim como?

- Você tá diferente.

- Não tô, não.

- Tá sim. - Ele encurtou a distância entre eles quase completamente, ficando a apenas poucos sentimentos de tocarem seus lábios.

- Por que?

- Eu que faço as perguntas aqui.

- Você que está dizendo que estou diferente, então deve ter um motivo.

- Não sei explicar... - Afastou-se.

- Luffy, isso está realmente te incomodando?

- Claro que não. Você nunca me incomoda.

- Estou falando dessa "diferença" em si. Se algo te incomoda, nem que seja um pouco, tem que falar comigo sobre isso.

- Tá de boas, não se preocupa. Vou só terminar esse jantar que tá uma delícia!

- Acho que o Sanji sentiu dor com essa sua frase.

- Eu já disse, não importa quantas comidas eu experimente, a do Sanji sempre será melhor.

Aquela frase repetiu-se na mente dela: Vou só terminar esse jantar... Ele queria fazer algo depois disso?

- Luffy.

- Eu.

- Vai fazer algo depois do jantar?

- Sei lá. Você quer fazer alguma coisa? - Qualquer um podia jurar que ele estava realmente vermelho.

- Também não sei.

- Tá difícil, hein? Terminei, agora a gente pode procurar o que fazer!

- Já?

- Nem foi o meu recorde, consigo ser muito mais rápido.

- Consegue, é? Acho que nunca vi. - Quando menos percebeu, estava lançando um olhar deveras sugestivo. Talvez, Luffy realmente tenha entendido dessa vez.

- Uhum... Quer caminhar um pouco? Sei que tá tarde e tudo mais, mas não é como se fossemos bebês indefesos.

- O problema é se a ilha for mal iluminada, imagina se a gente vai numa cratera.

Ele não entendeu ou simplesmente não lembrava o que era uma cratera, mesmo assim, não decidiu questionar. Em alguns minutos, após ao menos recolher aquela bagunça da mesa, saíram no silêncio da noite, admirando o esplendor da lua.

- A lua tá muito linda.

- Está mesmo. - Sorriu, timidamente.

- Ei, por que tá vermelha assim?

- Não é nada...

- Conta. - Parou na frente dela, tentando fazê-la falar.

- Eu já disse, não é nada.

Os 6 Sentidos de Luffy ✓Where stories live. Discover now