𝐿𝑒𝑡 𝑚𝑒... 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐘𝐨𝐮 𝐓𝐨 𝐃𝐞𝐚𝐭𝐡.
- Me deixe amá-la até a morte -
𝘛𝘩𝘦𝘺 𝘴𝘢𝘺 𝘵𝘩𝘦 𝘣𝘦𝘢𝘴𝘵 𝘪𝘯𝘴𝘪𝘥𝘦 𝘰𝘧 𝘮𝘦 𝘪𝘴 𝘨𝘰𝘯𝘯𝘢 𝘨𝘦𝘵 𝑦𝑜𝑢 ------
𝐘𝐮𝐧𝐚 era uma garota problemática. Cresceu sem os dois pais, p...
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- Senhorita Sato?
Escutei uma voz do além e sensação de cair ficava cada vez mais forte, uma luz branca invadia meus olhos.
- Não tem problema dormir na minha aula, mas você está roncando, então se realmente prescisar descansar, posso te dispensar para sua casa. - A professora disse, curta e grossa
O fundo da sala começou a murmurar em coro um "iih".
- Ok - levantei da cadeira - não estou em condições de assistir sua aula.
A professora sorriu cinicamente
- Vamos - ela pegou meu pulso de forma firme mas que não machucava - você perdeu dois pontos na minha matéria
- Você que me ofereceu isso - franzi o cenho
- E você aceitou sabendo muito bem das regras da escola - disse, e eu mandei ela se fuder mentalmente
Ela acabou me levando pra diretoria, e era absurdo o nível que essas mulheres levavam a sério cada coisinha que eu fazia. Quando entrei na sala, comecei a levar bronca atrás de bronca da diretora, e quando ela se cansou, suspirou com um ar de decepção
- É uma tristeza mesmo que a senhorita continue com suas atitudes, espero que sua avó consiga te orientar. Até amanhã - ela acenou enquanto me observava sair da sala.
Escorei minhas costas na parede perto da porta pra responder as mensagens imparáveis de Hinako, minha melhor amiga. Enquanto fazia aquilo, comecei a escutar murmuros vindo da sala que eu havia acabado de sair.
- Essa menina dá muito trabalho, se já é uma decepção aqui, imagine em casa - a voz irritada da professora ecoou - a avó dela, uma coitada mesmo, já que tem que cuidar de uma menina que ela sequer pediu, e além disso, arcar com as consequências das merdas de uma pessoa sem pai nem mãe, deve ser por isso que ela é assim, tão problemática.
Meu sangue ferveu, ao mesmo tempo que um grande ponto de interrogação se formava na minha cabeça. Pra que cara, pra que isso?
No impulso, botei o celular no bolso e abri a porta com força. Soltei um olhar de desprezo pra professora Ellen, me imaginando dando um soco na cara dela.
- Prefiro ser uma sem mãe mesmo do que ser criada por uma inútil que apanha do marido e chega na sala falando que é só uma olheira - ela me olhou incrédula - ainda humilha os outros pra se achar melhor na vida merda que tem, pra se sentir melhor que alguém pelo menos uma vez na vida. Mas pode ficar feliz, que você é uma inspiração na minha vida, toda vez que penso em você, lembro qual é a aparência física do fracasso em pessoa.
