16

611 42 2
                                    


Charles Marc Herve Percival Leclerc
____________________________
Mônaco - Janeiro de 2024

— Os exames de Aurora ficaram prontos — o médico falou assim que fechou a porta do quarto e Cecília levantou do sofá com uma certa dificuldade já — Temos apenas uma garganta, o que explica o motivo da febre.

— Graças a Deus — Cecília suspirou aliviada fazendo carinho nos cabelos de Aure.

— Receitei medicação para tomar em casa e aqui ela vai tomar medicação intravenosa — o médico entregou um papel a Cecília — Pela manhã ela estará de alta.

— Obrigada — Cecília falou sorrindo e olhando para o médico, que desviou o olhar para mim sentado no sofá.

— Onde está Max ? — ele perguntou já demostrando uma certa intimidade com ela.

— Teve que fazer testes no carro na fábrica — Ceci falou e ele concordou com a cabeça.

— Nada de carregar essa mocinha pesada — ele falou se aproximando dela e abraçando — Você já está quase na reta final da gravidez, não pode pegar peso.

— Max está te pagando para ficar de olho em mim ? — Cecília falou rindo e ele negou com a cabeça.

— Eu faço isso de graça — ele falou rindo e Cecília negou com a cabeça — Liana está ansiosa para Eva nascer e vocês levarem as crianças para brincar.

— Liana está quase fazendo uma ordem de despejo — ela falou ainda rindo.

— Preciso trabalhar agora, mande um abraço para Max — ele falou dando um beijo na testa de Cecília e saiu do quarto.

— A esposa dele teve bebê recentemente — Cecília falou deitando na cama junto com Aurora — E Max fez amizade porque descobriu que ele também é pai de primeira viagem.

— Max assumiu o papel de pai mesmo — falei tentando esconder a ironia em minha voz.

— Ele comprou livros sobre bebês e está lendo todos — ela deu uma risada como se lembrasse da cena.

— Vou pegar algo para comer — falei levantando do sofá — Você quer algo ?

— Quero não, obrigada — ela falou e eu concordei com a cabeça saindo do quarto e caminhando até a lanchonete do hospital.

Pedi um suco e um misto com pão integral e sentei na mesa, esperando meu pedido quando meu celular começou a tocar e eu tirei ele do bolso vendo que era Alexia.

— Porque você está no hospital? — ela falou assim que atendi o telefone, me fazendo franzi a testa.

— Como você sabe que eu estou no hospital? — perguntei confuso olhando para os lados.

— Tenho uma amiga que é enfermeira e me contou que te viu aí — ela falou e eu me encostei na cadeira.

— Quando sai da sua casa encontrei Cecília com Aurora indo para o hospital e dei uma carona — falei explicando.

— E está fazendo o que aí ainda ? — ela perguntou raivosa.

— Você por acaso está me vigiando ? — falei já nervoso.

TIME Where stories live. Discover now