11 "conseguia sentir sua pulsação"

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POV Tom

Depois de encarar toda aquela cena, minha visão começou a ficar turva e me sentia tonto. Minha pressão estava caindo provavelmente. Não comia fazia horas e não havia dormido também.

Mesmo com todas essas necessidades eu não me apaguei. Fiquei olhando o que estava acontecendo em volta

Vozes ecoavam em minha cabeça e via Tokio, Denver(Gustav), Moscou (Georg) e Nairóbi ao meu redor. Suas feições desesperadas e caminhando de um lado para o outro.

Eu os observava deitado no chão do escritório do diretor do museu. Em cima de mim estava a garota mais babaca porém atraente, insconsciente.

Voltei a cabeça para o chão reparando a enorme poça de sangue ao meu redor, era dela...

Apenas uma fala da boca de Tokio me fez sair do meu transe e de todos aqueles pensamentos do momento.

Tokio-ela não está respirando -fala em um tom de desespero

Georg-Como assim ela não tá respirando?! -fala em um tom de desespero

Nairóbi-pura merda... -fala irritada andando de um lado para o outro desesperada

Gustav-já era... -abaixa a cabeça encarando o chão com uma feição triste

Bill-não... -fala em um tom triste e o olho e vejo seus olhos marejados

Tom-não! Ela ainda tá viva! -falo em um tom alto

Nairóbi-me explica como que ela tá viva ainda?! Ah me fala seu babaca! Ce não descansou até matar ela! Já reparou?! -fala em um tom alto e se agacha ficando perto de mim e da garota enquanto falava

Tom-eu consigo sentir seu coração batendo

Poderia ser meio impossível mas enquanto eu estava perdido em meus pensamentos, eu conseguia ouvir seu coração batendo.

Os batimentos de seu coração ecoavam por minha cabeça parecendo uma melodia. A mais bela melodia que havia ouvido.

Tokio-temos que levar ela agora! -fala em um tom alto me tirando do transe de novo

Georg e Gustav levantam cuidadosamente a garota e a retiram de cima de mim. Eu estava quase sem forças então Nairóbi me ajudou a levantar já que Tokio havia ido com os garotos para tratarem de S/n.

Nairóbi- você sabe que tá fudido né? -me encara

Tom-sei... -a encaro e travo a maxilar

Nairóbi-ainda bem que sabe -sai após falar

Olhei para meu irmão e o mesmo me olhava de cima a baixo.

Lagrimas salgadas escorriam por seu rosto delicado enquanto o mesmo me olhava de cima a baixo analisando meu macaco ensanguentado com o sangue da garota

Tom-Bill e...

Bill-não fala nada! Não fala comigo! Ce tá me destruindo! -fala em um tom alto enquanto chorava após me interromper

Eu não falei nada. Sabia perfeitamente como Bill se sentia agora e eu me sentia horrível por isso. Quando o vejo desse jeito me dá agonia e medo, era como se eu estivesse no papel de meu pai e ele no meu papel quando eu era criança. Era aterrorizante...

Olho para Júnior que também estava desacordado porém respirava. Acabou desmaiando com o choque.

Eu saí do cômodo indo até ao banheiro com uma sacola com uma muda de roupa e acabei me lavando. Podia ser muito porco em certas coisas, mas não era porco a nível de higiene.

Amava estar limpo e cheiroso. Independentemente de eu, Bill, Georg e Gustav sermos o que somos, nunca fomos apanhados pela polícia. Sempre suspeitavam de nós porém nunca teriam provas para nos culpar. Pois sabiam que devido a sermos famosos que tínhamos sempre muitas garotas e que pegávamos sempre muitas garotas então havia sempre algo nosso em suas roupas pois muitas eram fãs fanáticas ou garotas loucas que apenas me admiravam por minha beleza.

Os 4 dirigíamos uma banda chamada Tokio Hotel, bem conhecida porém não tanto mundialmente. Ainda...

Após me lavar e trocar a roupa acabei indo até ao cômodo principal onde estavam todos, menos meu irmão.

Tom-o que esta acontecendo aqui? -ergo a sobrancelha, não entendendo o que estava acontecendo

Tokio-você vai ligar para o Professor e explicar o que aconteceu e ele irá falar quem irá liderar agora! -fala seria e em um tom alto e eu riu

Tom-está mesmo achando que você irá liderar tudo isto? Nenhum de vocês é capaz de tal

Nairóbi-você ouviu o Professor -pega no calcular de mesa e me entrega e eu a olho

Tokio- você vai ter que falar o que ce fez com aquela garota de novo! -fala em um tom alto e sério

Atrás da mesma consigo ver S/n desacordada ligada a soro e sangue do seu tipo. Sua pele estava pálida e seus lábios estavam sem cor. S/n estava usando uns tubos para respirar e estava tapada com uma coberta no sofá onde havia estado deitada da última vez.

Tom-Ta -bufo e vou até Nairóbi e ligo para o Professor e coloco no viva voz

Após explicar a situação quem acabou ficando com o cargo de líder foi Nairóbi. Professor perguntou o que havia ocorrido para eu a torturar de tal maneira.

Eu não chamaria a isso de tortura e sim colocar as pessoas que não se sabem comportar em seu devido lugar.

Quando a chamada terminou todos foram embora me deixando com a garota desacordada na sala.

Eu estava bem irritado, por culpa dessa idiota eu perdi mais de 200 mil euros do que eu iria receber do valor final e ainda fiquei sem meu cargo de líder.

E tudo isto porque essa garota não soube se comportar e não se colocou em seu devido lugar.

Eu me aproximei da mesma e minha vontade era de matar ela na porrada naquele momento.

Levanto meu braço e fecho meu punho já pronto para socar a mesma, porem, devido a máquina de batimentos cardíacos (que era bem pequena porém transmitia um som alto), conseguia ouvir seus batimentos cardíacos ecoar por minha cabeça.

Nesse momento apenas a olhei enquanto ainda estava pronto para socar a mesma.

Seu rosto belo e delicado, seu cabelo é lindo e brilhante, seu lábios perfeitos e carnudos e seus olhos... brilhantes e lindos...

Relaxei meu braço e acabei indo até a mesa enorme que havia no cômodo e acendo um cigarro.

Fiquei encarando a garota insconsciente enquanto fumava meu cigarro.

Após terminar de fumar ainda me sentia tenso. Então decidi testar algo...

Puxei uma cadeira e a coloquei do lado do sofá onde S/n estava deitada, perto de seu abdômen.

A admiro por segundos enquanto tentava ganhar coragem para a tocar...

Quando ganho coragem acabo colocando dois dedos na dobra de seu braço esquerdo, assim sentindo sua pulsação.

À medida que seu coração ia batendo minha raiva ia sumindo.

Isso havia me feito lembrar daqueles dias chuvosos e tempestuosos quando eu tinha apenas 2 aninhos. Eu saia correndo de meu quarto em direção ao quarto de meus pais,mamãe sempre deixava eu dormir no meio deles e eu agarrava seu braço pra dormir e me sentir seguro, pois conseguia sentir sua pulsação...

As agressões de meu pai perante minha mãe ainda não haviam iniciado então vivíamos como uma família normal.

Notas da autora:

Me desculpem ter feito um capítulo mais pequeno que o normal. Melhor mais pequenos e com mais frequência do que maiores e de semana a semana.

Até ao próximo capítulo 🫶🏻

Capítulo não revisado❌

Vão dando feedback pls🥹🫶🏻

"La casa de papel"Where stories live. Discover now