Capítulo um

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Estava nervosa, muito nervosa, meu coração batia tão rápido na caixa torácica que pensei que teria um ataque cardíaco.

Viajei de muito longe para lecionar nessa esplêndida escola, então não queria passar vergonha.

Mas as minhas mãos suavam, enquanto andava com a minha mala ao meu lado, porém, nem mesmo a luva poderia segurar a umidade de minhas mãos.

Estava gelada, parecia estar morta, mas se tivesse morta não poderia presenciar crianças correndo, ou de crianças conversando.

Crianças, nem mesmo parece que atingi a minha maioridade três meses atrás. Já tinha 20... Bom, cresci no Japão, minha terra natal, mas nunca pensei em pisar os meus pés aqui, mas aqui estou.

Subo a escadaria que me levaria ao gabinete do diretor e bato à porta, escutando um entre forte.

Abro a porta e vejo o interior, era bagunçado, cheio de livros e quadros, mas era único. Entro no gabinete e fecho a porta atrás de mim, vendo o quadro dos quatro fundadores.

Mas a minha atenção foi roubada pelas duas pessoas à minha frente.

O primeiro usava roupas verdes, contendo um nariz fino e longo, cabelos negros cumpridos.

Olhos azuis cinzentos que me fazia ansiar ver o céu, lábios volumosos, que pareciam cerejas e podia até mesmo sentir o gosto delas na minha boca.

Estatura alta, talvez 1,85 cm, não saberia até que me contasse. As, sobrancelhas pareia duas espadas afiadas, mas sua pele era branca, porém, não era pálida.

As mãos são grandes e calejadas, seu rosto era fino, mas nem tanto... Ele era lindo.

Já o outro, tinha cabelos ruivos medianos, nariz pontiagudo, rosto quadrado e de barba volumosa, tinha a mesma altura do de verde e seus olhos eram castanhos avermelhados.

Porém, tinha um rosto animado e nada severo, diferente do de verde, e até mesmo sorriu para mim.

Será que estava apresentável? Afinal, só estava usando um vestido azul-claro, igual aos meus cabelos, – magia proibida faz coisas inexplicáveis.

Apertei meus lábios e meus dedos alisavam o couro da minha mala, como se fosse a única alternativa para me acalmar.

_ Você deve ser a senhorita Auryn Brienna D. Lascov. - Acenei.

_ Me chamo Godric, e esse ao meu lado é o rabugento do Salazar.

_ Godric! - Resmungou, me olhando de cima a baixo. _ O que você fez no seu cabelo.

_ Magia proibida. - Dei de ombros, não era importante essa informação.

_ Ela é proibida por causa de pessoas como você. - Apenas sorri.

Mamãe dizia que ao encontrar um homem rabugento e com palavras rudes, é apenas sorrir que ele perde a compostura. Claro, não é com todos.

_ Ora sua...

_ Salazar! - Chamou atenção. _ Não seja rabugento. - Olhou para mim. _ Ele perdeu a pessoa que gosta e ficou assim.

_ Então, minhas condolências. - Ficou ainda mais irritado.

_ Ela não morreu! - Veio até mim e usou seu tamanho para me amedrontar, mas não conseguiu. _ Diferente. - Saiu do gabinete.

_ Ele é sempre assim? - Pisquei algumas vezes.

_ Sempre, mas é um ótimo professor de DCAT. - Respirou. _ Então, vamos lá, professora de feitiços. - Sorriu e dou um suspiro de alívio. _ A vaga já é sua, você só precisa arrumar suas aulas.

Endeusado ~Salazar Slytherin~Where stories live. Discover now