Capítulo dois

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Estava na minha sala, revisando alguns pergaminhos, mas meus pensamentos estavam em um homem que só se vestia de verde e tinha olhos belíssimos, mas com um amor profundo por uma garota.

Não estava apaixonada, claro que não, apenas gostava daquele homem e de sua presença. Ele era encantador e cavalheiro, mas era rígido quando precisava.

Levantei-me da minha cadeira e saio da sala de feitiços, indo até a sala de aula de DCAT.

Acenando algumas vezes para os meus alunos e eles sorriam para mim... Acho que eles gostam de mim e isso era fantástico!

Nem acredito que já se passou duas semanas desde a primeira vez que comecei a dar aula aqui e mesmo que tempo estivesse feio, ele estava lindo para mim.

Paro na porta da sala de DCAT, vendo Salazar corrigir alguns pergaminhos.

_ Está ocupado? - Entro na sala, descendo alguns degraus até chegar nele.

Ele me olhou de cima a baixo enquanto sorria de lado.

_ Não, o que deseja? - Sorriu.

Nessas duas semanas ficamos um pouco mais próximos, éramos bons amigos.

_ Fiquei pensando que não sei nada sobre você, mas você sabe tudo sobre mim. - Sentei-me na cadeira disposta à sua frente.

_ Estava precisando parar um pouco mesmo. - Largou o pergaminho. _ O que você quer saber sobre mim?

_ Realmente não sei, apenas me conte o que você quer contar.

_ Hum. - Ficou pensativo. _ Sou filho único, meus pais tinham uma condição melhor do que dos meus amigos e devido a isso, tinha um apelido de mimado. - Revirei os olhos. _ Sempre fui ensinado que os puros era uma raça melhor e que eles eram os melhores.

_ Acho que todos têm potencial, mesmo que seja mestiços ou nascidos trouxas.

_ Fui ensinado assim pela Leesa. - Falou pensativo. _ Falando nela, tenho algo para você. - Levantou-se e foi até uma tapeçaria, que tinha uma porta atrás dela.

Entrou e me vi perdida em pensamentos comuns, mas não demorou muito para que Salazar voltasse e trouxesse um livro de capa vermelha.

_ Leesa deixou todos os feitiços e poções que ela sabia escrito nesse livro. - Parecia um grande bolo. _ E como a senhorita é professora de feitiços...

Estendeu-me o livro e o peguei, abrindo e vendo uma caligrafia perfeita, com curvas perfeitas. Os feitiços eram simples, mas complexos.

_ Isso é maravilhoso, não sei como agradecer por me mostrar esse livro. - Queria pular. _ Posso fazer várias aulas com esses feitiços.

_ Que bom que gostou, fico feliz por isso. - Ele era tão charmoso.

_ Já pensou em se apaixonar de novo? - Minha língua solta foi mais veloz do que o meu raciocínio. _ Me perdoe, não queria ser...

_ Não, tudo bem. - Discordou. _ Acho que já somos íntimos o suficiente para contar que não penso em me apaixonar. - Certo. _ Já tentei. - Estranhei. _ Morgana é uma excelente mulher e até mesmo tentou se casar comigo, mas não me sinto à vontade em sua companhia.

_ Então não era ela. - Fui simples. _ Você pode se apaixonar de novo, mas com a pessoa certa.

_ Tipo, você? - Pisquei algumas vezes e corei.

_ Não quero ter um relacionamento com o senhor. - Ficou surpreso e riu. _ Eu só acho o senhor muito bonito e...

_ Você, me chame de você, não lembra disso? - Por que tenho que ser assim?

Endeusado ~Salazar Slytherin~Onde histórias criam vida. Descubra agora