CAPÍTULO 1

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Olá, bem vindo ao lar.

Lovely – Billie Eilish

Detroit - EUA12 de março, 2021

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Detroit - EUA
12 de março, 2021

O vento batia em meu rosto, fazendo meu cabelo voar. Meus olhos estavam vidrados naquele girassol, motivo? Eu não sei, eu acho.

Eu estava em uma floricultura, era um jardim aberto. Onde só tinha girassóis.

Abaixo ficando do tamanho da flor em minha frente, é a minha primeira vez vendo um girassol, pode parecer meio vergonhoso, mas era meu sonho ver um pessoalmente.

Sinto meu corpo se arrepiar, franzo o cenho encarando meu braço. Olho em volta e vejo um homem, parado me olhando.

Meus olhos se apertam, tentando enxergá-lo melhor. Maldita hora que meus olhos resolveram serem míope.

O homem estava vestindo uma blusa preta, com um boné da mesma cor, fazendo-me ter mais dificuldade ainda de ver seu rosto e ele usava uma calça moletom cinza.

Desvio meu olhar mas eu sinto algo me observando, remexo meu corpo consertando minha postura.

Ouço passos se aproximarem de mim, tento ignorar fixando meu olhar no girassol.

Levanto-me sentido sua presença atrás de mim.

— São bonitos, não são? — Ouço sua voz rouca e grave, fazendo todos – sem exceção – meus pelos se arrepiarem.

Encaro seu rosto, ou pelo menos tento enxergá-lo.

— É, são. — Digo ainda tentando ver seus olhos, seu rosto se vira para me olhar e eu sorrio envergonhada.

Ah merda, por que diabos ele está com esse boné tapando metade do seu rosto?

— Gostou desse? — Novamente olho para ele, franzo o cenho — Você não para de encarar este girassol, por que? — Coloca suas mãos no bolso.

— Ah, sei lá. — Coço minha nuca — Espera, você estava me observando antes? — Cruzo meus braços, viro-me para ficarmos de frente a frente.

— Eu entrei aqui há uns 5 minutos, você não me viu. Eu estava olhando os girassóis também. — Ele diz dando de ombros.

Assinto sem saber o que dizer, ou prolongar a conversa, se dependesse de mim para conversar com alguém. Acho que eu morreria muda.

— Anéis bonitos. — Ele quebra o silêncio e eu o olho.

Minhas mãos tinham alguns anéis, eu sou obcecada por anéis desde da minha adolescência.

— Ah, valeu. — Falo sem jeito, com um pequeno sorriso no rosto.

— Qual o seu o nome? — Ele fala, tirando um cigarro do bolso.

— Ayla, Ayla Ross! — Vejo ele pegar um isqueiro.

ATRAÍDA PELO SEU OLHAROnde histórias criam vida. Descubra agora