O cara certo | Bang Chan - Minho

capítulo 45

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O rapaz emudece ao ver Minho parado na porta.

- O que você tá fazendo aqui Seungmin?!

- Minmin, quem é? - a voz de Yumi ecoa no corredor e logo assim que ela chega a sala também é surpreendida.

- Minho?!

- Minmin?! Então vocês dois... - Minho tenta raciocinar o que se passava mas não podia deixar de pensar o quanto fora distraído pra não ter percebido antes o que estava acontecendo.

- É, a gente tá... - Yumi responde, sem muita firmeza.

- Namorando. Estamos namorando. - Seungmin completa.

- Nossa, que deja vu estranho... agora eu sei como o Chan se sentiu. - Minho sussurra com um olhar perdido.

- Quê?

- Não, nada.
Eu vim ver a Nana.

- Ah... ela não está.

- Não? E ela demora a voltar? - quando Minho questiona o casal se entreolha.

- Ela não vai voltar. - Yumi responde.

- Como assim, não vai voltar?!

- Ela saiu cedinho, pro aeroporto.
Vai embora pro país dela. Não levou quase nada. O ateliê tá intacto.
Mas ela deixou uma coisa pra você! Pediu pra te entregar, caso passasse por aqui. - Yumi vai até a mesa pegando o envelope tamanho A4 e entregando ao rapaz.
Quando Minho puxa a folha de dentro do mesmo se depara com um retrato seu desenhado à lápis, sorrindo, e uma carta cai ao chão. Ele apanha o papel e no canto deste haviam pequenas tulipas vermelhas desenhadas e então ele passa a ler o que estava escrito.

"Essa foi a primeira vez que eu te vi sorrir, a primeira vez que eu reparei no seu sorriso, a primeira vez em que eu realmente te olhei, exatamente como você é, de verdade, sem sarcasmo, sem deboche, sem piadas maldosas, só você, e foi o sorriso mais bonito que eu já vi na vida, mas na época eu não sabia disso.
Isso aconteceu no dia que você visitou meu ateliê pela primeira vez." - então Minho se lembrara do exato momento em que aquilo ocorreu.

- O Hyunjin já esteve aqui?
Ele iria ficar louco!

- Sim ele ficou!
Mas eu meio que, "proibi" ele de voltar.

- Por que?!

- Por que ele simplesmente queria levar pra casa tudo que tem aqui!

- Rsrs, é... era de se esperar. - Minho sorri e olha em direção à janela, enquanto Nana o observa em silêncio, até que ele percebe.

- O quê foi?

- Não, nada.

"O seu sorriso me fez sorrir também, me cativou, e dali pra frente você se tornou responsável por isso, por me fazer sorrir."- ela usa mais uma vez a referência do livro e Minho sorri, mesmo com seus olhos marejados.

"Dali em diante nunca mais eu me lembrava de você sarcástico ou de mal humor, sempre que pensava em você era desse sorriso que eu lembrava, e eu já nem preciso do retrato pra isso porque eu sei que nunca vou me esquecer dele.
Nunca vou me esquecer de você Minho.
Mas agora eu devo partir.

Adeus...

Com amor, Nana."

Ao finalizar a leitura Minho não consegue conter as lágrimas que já transbordam pelo seu rosto, ele respira fundo para tornar a si e fazer o que precisava ser feito.
Então coloca o bilhete dentro do envelope junto ao retrato e vira-se saindo apressado.