Eu estarei aqui - DARYL DIXON

Mudanças repentinas - Cap. 48

* Pov: Lauren Grimes *

Estamos todos reunidos na cantina. Nosso grupo, juntamente com os novos moradores que vieram de Woodberry. No total formamos mais de 60 pessoas.

— Todos querem saber como as coisas funcionam agora – começa meu pai a falar e todos prestam atenção – Eu liberei esse grupo por muito tempo, mas confesso, não dou conta de fazer isso sozinho. Por isso a partir de hoje, vamos formar um conselho. Por isso peço que dê uma forma unânime escolham uma pessoa para te representar. Temos até o final do dia para decidirmos.

Meu pai sai virando as costas, rumo ao bloco de celas. Carl estava chateado pelo fato do meu pai tirar a sua arma. Carol e Beth, com a ajuda de outras mulheres estavam arrumando o outro bloco de celas para acomodar o restante do pessoal.

Hershell juntamente com Glen e Meggie, estavam por conta do plantio no campo aberto do prisão. Com divisa de um pequeno cemitério que já havia sido feito. Daryl simplesmente resolveu fazer uma reforma na nossa cela. Uma vez que ele uniu a cela que ele estava por um tempo com o Merle, com a minha, que eram lado a lado.

Eu e Michonne encontramos a antiga academia da prisão, onde estamos arrumando uma sala para treinos. Uma vez que o pessoal precisava começar a saber a se defender, não só dos mortos mas principalmente das pessoas.

No início da noite estávamos todos reunidos na cantina novamente. Onde foi definido que participaria do conselho sério: Hershell, Michonne, Daryl, Eu, Shasha, Carol e Glen. Meu pai, meu deu um sinal para eu o acompanhar.

— Lauren precisava falar com você! – diz ele com seu olhar serio, me sento ao seu lado – Eu tentei, me esforçei o máximo possível para aceitar a Judith como minha filha, ela não é minha eu sei disso...

— Que porcaria você está falando pai ? – digo com um tom de preocupação. – Não importa quem é o pai biológico dela, você é quem vai criar, por mim o nome Shane nunca será mencionado.

— Eu não posso ser o pai dela Lauren – dizia ele – Eu a amo mais do que tudo, mas não posso fazer isso... Ela ainda vai continuar sendo a irmã do Carl. Eu não posso fazer isso... Não de novo.

— Você bebeu ? – pergunto indignada meu pai não podia estar falando sério. – Onde você esta querendo chegar com isso ? Não vai assumir ela é isso ?

— Exatamente, não vou ! – eu já estava me preparando outro sermão, quando me interrompe – Eu não sou o pai dela, porque você é a mãe. Da mesma forma que Lori foi a sua.

" Mas eu não pari ninguém"

— O que ? – olho para ele confusa.

Tudo bem que eu iria criar a Judith como se fosse minha. Mas nunca me passou pela cabeça virar mãe dela.

— Judith é sua filha não minha ! – diz – Você olha para ela, da mesma maneira que a Lori te olhava.

Fico um tempo em silêncio, tentando raciocinar o que estava acontecendo.

— Já conversei com o Carl e ele concordou – diz por fim – Só apenas queria te comunicar isso. Nada vai mudar, quando a Judith ficar mais velha, quem você acha que ela vai chamar de mãe ?

— Eu só preciso processar isso tudo – digo saindo indo em direção a minha cela.

"Meu pai não estava rejeitando a Judith, estava simplesmente abrindo mão da paternidade dela para eu criar como minha filha ?"

Sento na minha cama pensativa sobre tudo isso. Quando eu vejo a caixa com as cartas do Lori. Daryl deve ter tirando debaixo da cama, quando iniciou a reforma. Resolvo abri-la. Vou passando as cartas até que uma chama minha atenção " Caso seu pai não quiser assumir o bebê ". Eu abro e começo a ler.