The fury of love [M]

Twelve

~Vote e comente

~Hannah Arendelle

Las Vegas é uma cidade que nunca dormia, sempre com luzes acesas e pessoas na rua, não importa o horário.

O carro se movimentava em velocidade considerável, o motorista estava focado em apenas fazer o seu trabalho, Jacob estava virado para um janela e não trocou nenhuma palavra pelo caminho ,fazendo assim eu me perder novamente pelos meus pensamentos.

— Acho que voltarei a dançar. - falei chamando a atenção de Jacob.

— Oque levou você a tomar essa decisão? - Jacob perguntou se virando para mim.

— Preciso me prender a algo antes que eu cometa loucuras.

— Se essas loucuras significa voltar a ser a garota má que você era na França, eu realmente concordo com você. Deve voltar a fazer aulas de dança. - respondeu sincero.

Tem razão, não quero voltar para a minha antiga personalidade,ela me fazia ser uma completa vadia.

— Chegamos. - o mostorista disse parando o carro.

Abri a porta do carro e caminhei ao lado de Jacob pelo jardim do colégio.

— Vou lá com os garotos. - Jacob disse pegando seu celular que ainda estava com a capa da galinha pintadinha.

— Certo. - Concordei.

Entrei na escola e fui em direção do meu armário,guardei minha mochila e sair sem rumo.

Eu estava disposta a achar uma sala de dança, eu precisava relaxar, precisava voltar a ser eu de alguma
forma.

Senti o peso da minha decisão sobre voltar à dançar.

A ideia de encontrar uma sala de dança parecia atraente e ao mesmo tempo assustadora. Eu não fazia ideia por onde recomeçar, mas estava determinada a seguir esse novo caminho.

A luz do sol filtrava-se pelas janelas da escola, criando padrões de sombra e luz no chão.

Segui os sons distantes de música que preenchiam o ar, caminhei em direção com um certo medo de dar o próximo passo.

A última vez que eu dançei, foi em uma noite, na França, eu estava no estúdio da minha casa junto com Yana, minha melhor amiga.

Ela disse que ia beber água e eu acreditei, minutos antes Milan, meu ex namorado. Havia me ligado dizendo que tinha chegado na minha casa, disse a ela onde eu estava mais pela sua demora descidi ir atrás.

Vi uma das piores cenas da minha vida, Milan e Yana estava aos beijos em um corredor da minha casa.

Eu surtei, gritei e os expulsei da minha casa, desde então eu nunca mais voltei a dançar porque sempre me lembrava desse maldito dia, onde eu fui feita de boba.

Uma vontade de confrontar meus medos e superar minhas desavenças e as sombras que haviam dominado minha paixão pela dança.

Finalmente, depois de caminhar pelo longo corredor eu encontrei uma sala,a porta entreaberta que me levava para dentro da sala de dança. O som da música preenchia o ar, me convidando para dentro.

Era como se a música soubesse que eu precisava voltar a dançar, que essa era minha única chance de redescobrir a paixão que uma vez me consumiu.

Com uma respiração profunda, Cruzei o limiar da sala. Os espelhos refletiam minha imagem de maneira inquietante, como se estivessem testemunhando minha jornada de retorno à dança.

Diante dos espelhos, me vi refletida de maneira surpreendente. Notei as cicatrizes emocionais que o passado havia deixado, mas também percebi a determinação em meus olhos.

Cada passo hesitante, eu começei a me mover ao ritmo da música. Meu corpo respondia naturalmente aos movimentos familiares, como se a dança fosse uma linguagem que ele nunca esqueceu.

À medida que os minutos passavam eu me concentrava cada vez mais e dançava com uma intensidade renovada. Cada movimento era uma expressão de minhas emoções, uma maneira de liberar a raiva, a tristeza e a sensação de traição que a haviam me assombrado por tanto tempo.

Saintia falta da adrenalina, sentia falta de acelerar o carro ao máximo e sentir o vento sobre meus cabelos, sentia falta da liberdade de poder me expressar da forma que eu quisesse.

Um relacionamento pode mudar completamente uma pessoa, me fechei totalmente em relação a amizades e novos amores, mudei toda a minha personalidade e me tornei outra pessoa.

Eu não quero ser uma pessoa falsa! Não quero viver uma vida que não é minha, não quero abaixar a cabeça para as pessoas, sou uma Arendelle. Estou no topo da lista, posso fazer oque eu quero e onde eu quero.

— Você dança bem. - Escutei uma voz feminina dizer assim que a música parou.

— Obrigada.

— Você é nova aqui, certo? - Perguntou caminhando em minha direção.

— Sim. - Eu estava acompanhando cada movimento que ela fazia, cada passo e cada respiração.

— Temos aulas todos os dias depois das aulas por que não fica?.

— Irei comparecer. - falei por fim, me virei e sair da sala assim que o sinal bateu indicando que as aulas iria começar.

Caminhei novamente pelo longo corredor e fui até meu armário pegando minha mochila.

Eu estava suada,minha garganta implorava por água, meu coração estava acelerado e eu amei aquela sensação.

Estava disposta a voltar a sentir ela,não importa as consequências.

Continua....