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No outro dia eu tinha evitado Harry o dia todo, não sabia como terminar com ele, pois eu não queria, mas era necessário.

Eu estava passando pelo corredor, voltando para a minha comunal depois do jantar.

— Ei, Pandora! — Harry me para.

— Ah, oi Harry. — Digo tentando não demonstrar que estava mal.

— O que ouve? Por quê não respondeu minhas cartas? — Ele me pergunta. — Passei as férias todas preocupado com você.

— Me perdoe, meus avós me mandaram para longe essas férias. — Minto. Passei as férias todas na casa dos Malfoy, junto com Voldemort.

— Você está bem? Parece abatida. — Ele percebe.

— Sim, está tudo bem. — Minto novamente.

— Quer sair mais tarde? Estou realmente morrendo de saudades de você. — Ele diz fazendo meu coração sangrar.

— Me desculpe, Harry, mas acho que não podemos mais. — Digo.

— Por? — Ele indaga.

— Meus avós descobriram sobre nós. — Respondo.

— Eles...— Harry parece meio apreensivo de perguntar. — Eles fizeram algo com você?

— Nada que eu já não esteja acostumada. — Mentira novamente.

— Sinto muito, Dora... — Ele sussurra e pega minha mão.— Você pode fugir e passar suas férias comigo a partir de agora. — Ele propõe.

— Acho que não funciona desse jeito, Hazz. — Respondo.

— Eu posso dar um jeito, Dora. Eu te sequestro todas as ferias, eu enfrento os seus avós. — Harry diz.

— Você não merece isso, Harry. — Falo decidida. — Acabou.

— O que? Não, Dora. Não termine isso, por favor. — Harry me implora. — Não deixe eles acabarem com algo tão lindo.

— Harry, eles são minha família. Não vou contra eles. — Eu falo.

— O que quer dizer com isso? — Harry me pergunta e automaticamente olha para o meu braço coberto. — Pandora...

— Sinto muito. — Digo e saio dali o mais rápido que consigo.

Vou correndo até a comunal da sonserina, Theo e Matteo estavam na mesma que eu.

— Dora? — Matteo me chama assim que entro na comunal.

— Ei, vem cá. — Theo fala apontando para o seu lado, sento ali e deito minha cabeça no ombro de Theo.

— Terminou? — Malfoy me pergunta, ele não se importava comigo ou com isso, mas sim se eu não estava atrapalhando ele ser o filho perfeito para os pais.

— Sim. — Respondo grossa, mas triste.

— Eu... — Malfoy começa. — Eu acho que... Será que temos que fazer tudo isso mesmo? — Acho esquisito, para mim Draco tinha gostado disso tudo. Mas aparentemente, o garoto estava sofrendo tanto quanto a gente.

— Se não quisermos morrer. — Matteo diz.

— O problema é aqui não é a morte, são nossas famílias. — Theo diz.

— Meu pai não queria isso para mim. — Solto.

— Meu pai me obrigou, disse que se eu não fizesse, Lord nos mataria. — Draco diz.

— Minha mãe diz que é minha obrigação como filho, que se eu não aceitasse meu destino, ela me mataria com as próprias mãos. — Matteo diz.

— Meu tio me disse que eu acabaria igual ao meu pai, que essa rebeldia me deixaria a sete palmos abaixo da terra, como ele. — Theo diz também.

  𝑚𝑦 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠 - 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Where stories live. Discover now