Capítulo 6 - A Noiva Coelho

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-Venha aqui, Virdo.

Depois de comer, Galle encostou-se à cabeceira da cama e bateu com a palma da mão no assento vazio ao seu lado. Virdo perguntou a ele, parado rigidamente na frente da porta do quarto.

-Por-por que... ?

-É tão estranho chamar a noiva para a cama?

-...

O noivo chama a noiva para a cama. Não seria estranho se fosse um casamento normal, mas não é como um casal em primeiro lugar... Virdo poderia ter apontado isso, mas ele engoliu suas palavras porque não funcionaria de qualquer maneira.

Virdo olhou para o rosto de Galle sem responder. Seus membros inferiores ainda estavam inchados, e só de olhar para a expressão dele, não parecia que ele simplesmente sentaria ao seu lado e não faria nada.

Mas talvez fosse porque o lugar era em cima da cama, se sentiu estranho sem motivo. Quando Virdo hesitou em subir na cama, Galle continuou como se não tivesse segundas intenções.

-Eu não vou te machucar, então venha aqui.

-...

Lembrou-se de ter sido enganado por ele várias vezes, então se acreditasse nessas palavras de cara, seria um idiota.

No entanto, na casa que não conseguia nem encontrar uma saída... De qualquer maneira, teve que se segurar na frente da porta, então era óbvio que seria arrastado à força.

Tinha que escapar logo da casa desse desgraçado... Virdo pensou assim e sentou-se silenciosamente ao lado de Galle à distância.

-Por que você está sentado tão longe?

Foi apenas em um instante que a distância timidamente ampliada se estreitou. Galle resmungou e abraçou Virdo pelo ombro, e seus ombros se encontraram.

Então ouviu cada pequena coisa, desde o som da respiração até o som do seu coração batendo. Estava muito perto de não fazer nada.

Tum-tum, tum-tum. Virdo se forçou a prender a respiração porque seu coração parecia estar batendo muito rápido. Galle puxou o cobertor sobre o corpo de Virdo, que não estava coberto por nada, e cobriu suas pernas.

Foi um gesto gentil, como se estivesse tratando um amante, mas as palmas de Virdo estavam úmidas de suor, provavelmente por causa do nervosismo do que ele poderia fazer. Quando Virdo cerrou os punhos sem motivo, Galle abriu a boca.

-Que tal assistir? Você está bem?

-...

As pontas dos dedos de Virdo ficaram frias com a pergunta de como ele estava.

É isso. Virdo sentiu seu coração afundar em algum lugar e dobrou as pernas sob o cobertor.

-... Ainda dói.

Sua pele púbica estava inchada e formigava mesmo com um leve toque nela. Ele queria que tudo ficasse bem em um dia depois de ser tão implacável? Aquele tubarão não tem consciência.

Quando Virdo respondeu com um vacilo, Galle tirou algo como se soubesse.

-Eu comprei algo legal para você porque você parece estar com muita dor.

-Isso é bom?

Comprou algum remédio que funciona bem? Achou que não tinha consciência alguma, mas parece que restou um grão de poeira.

Virdo olhou para Galle com ansiedade no coração, segurando uma garrafa com um líquido claro na mão esquerda e uma garrafa com um líquido rosa na mão direita.

A União do Coelho e o Tubarão ( Volume 1 Completo)Where stories live. Discover now