CAP 1

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As vezes acredito que tudo na vida tem um propósito, um significado sabe? As vezes me assusto com a quantidade de coisas que ja aconteceu em minha vida.

Tive apenas 3 namorados em toda minha vida, onde um deles virou meu marido e tivemos um lindo filho chamado Lucca. Minha relação com Austin não durou nem 2 anos, não temos uma boa relação, mantemos a postura de pessoas adultas e maduras apenas a frente de nosso filho, pelo bem dele.

Nos separamos faz 3 anos ja, e eu me arrependo ate hoje de ter entrado em um casamento com o homem, a única coisa boa que serviu realmente, foi nosso filho. O bom de tudo, é que Austin não me pressiona para nada e nem perturba minha paz, deixa com que eu viva tranquilamente com meu filho e vem o visitar apenas quando quer. O leva de vez em quando para algumas saídas juntos.

Eu tenho 37 anos. Sou uma mulher formada em administração e completamente centrada em minhas coisas, meu pai criou uma grande rede de hotéis que hoje há vários espalhados pelo mundo. O principal fica em Nova York, que é aonde moro hoje em dia com meu filho. Tenho condições de sobra para comprar um apartamento ou ate mesmo a casa dos sonhos, mas é apenas eu e ele, ele se diverte com as acomodações do nosso hotel e tem um quarto de rei apenas para ele ao lado do meu. Fora que para trabalhar, preciso apenas me vestir e sair do quarto. É perfeito no momento.

Meu pai era muito machista, acredita que mulher deve servir ao homem de toda e qualquer forma, que apenas homens são capazes de tudo no mundo. Se não fosse pelo seu falecimento, ele sem dúvidas escolheria algum homem desconhecido na rua para tomar conta de seus hotéis, mais não eu.

Tenho uma irmã, Sofia. Mas a mesma é filha do atual marido de minha mae, e tem apenas 10 anos. Me dou bem com o marido atual de minha mae e sem duvidas, melhor ainda com minha pequena irmã.

Não me considero uma pessoa feliz. Me considero sozinha, se não fosse pelo meu filho e Irin, além de minha mãe e irmã. Não sei bem o que seria da minha vida.

Não sou muito comunicativa, me considero uma mulher de poucas palavras, não saio desde o meu divórcio com ninguém, sim.. a 3 anos. Nem mesmo para dar uns beijos na boca ou seja o que for. De qualquer forma, não me faz tanta falta como parece. Aprendi a viver sem o amor em meu coração, me acostumei.

Bom, esse foi o momento reflexivo da minha vida aonde eu to apenas sentada agora na cadeira de meu escritório com um lápis entre meus lábios. Me despertei de meus pensamentos quando ouvi batidas na porta.

-Entre, por favor. - Falei me ajeitando na cadeira e olhando para frente. Vendo a linda mulher morena passar pela porta.

Irin é casada, com Noey a 5 anos já. Minha comunicação com Noey não é grande, ja que a mesma é aeromoça e não fica tanto por perto. Irin é minha melhor amiga desde que eu me entendo por gente, tem a mesma idade que eu, porem as vezes parece uma criança mentalmente. Sem contar, que é uma mulher linda.

-Hoje eu decidi ser gentil e bater na porta antes.- Ela disse botando a bolsa dela sobre o sofá no canto da sala.

-Te agradeço sua gentileza Irin. -Falei sorrindo e negando com a cabeça ao mesmo tempo. Vendo ela indo ate a mesinha ao outro canto da sala, servindo gelo e Wiske em um copo. Erguendo pra mim e me oferendo, apenas neguei. -Sabe que ainda são dez da manhã, certo?

-Não tem hora para encher a cara.- Ela disse sorrindo e sentando na cadeira a minha frente, levando o copo ate a sua boca. -Me diga, hoje é sexta feira. Podíamos sair, Noey só chega amanhã a noite. Então que tal? Noite com você minha veia.

-Irin, estou no meu auge. Estou gostosa e nem tenho ainda traços da velhice. Fora que você tem a mesma idade que eu. -Falei sorrindo

-É, vai entender... me diz, você ao menos se toca as vezes ? 3 anos ou mais sem nada, deve ser um saco. Por isso que as vezes você é tão mau humorada. -Ela falou começando a me zoar, revirei os olhos e me
levantei.

Do Nada, Você!Where stories live. Discover now