Long story short (It was a bad time) or AIs don't forget [pt/br]

Chapter 3

Peter acorda com uma dor ardente na perna, como se alguém estivesse mastigando sua carne. — Argh! — Ele grita, mantendo os olhos fechados por apenas um momento enquanto contempla a terrível possibilidade de que seu apartamento tenha ratos.

— Uau. Calma garoto. Está tudo bem.

Ele recua enquanto seus olhos se abrem e Tony Stark – Tony Stark – estende a mão e agarra seu braço para firmá-lo.

Peter fecha os olhos com toda a força que pode, mas quando os abre, Tony ainda está lá, a mão de metal ainda fria contra o braço de Peter. Peter começa a tremer e não consegue parar.

— Droga, Karen. — Ele murmura.

— É uma coisa boa que eu aparentemente programei sua IA para não ouvir você, e minha IA para não desistir facilmente, porque as coisas não pareciam boas quando eu encontrei você, garoto.

— Eu me curo rápido. — Diz ele, envolvendo os braços em volta de si mesmo, porque aparentemente é a palavra condenatória aqui. Aquela que significa que Tony só está aqui por causa de Sexta-Feira, não porque ele queira.

Ele está olhando diretamente para Peter, mas não o vê.

— Não por perda massiva de sangue, eu não acho.

Mas tudo bem. Ele não tinha ninguém para se despedir. No momento em que o poste saiu e o sangramento começou, ele sabia que não conseguiria parar, e estava tudo bem com isso.

Ele disse a Karen que o senhor Stark não viria. Acreditei nisso.

Mas aqui estava ele.

Olhando para Peter como se ele fosse um estranho desequilibrado.

Isso foi melhor?

Ele não sabe.

É como ir ver Ned e MJ, coisa que ele só se permite fazer uma vez por mês. Fazer com que olhem para ele sem qualquer reconhecimento é como queimar a própria pele, uma agonia constante e sem fim, porque ele precisa de alguém que se lembre dele. Ele precisa disso. Se ninguém o conhece, se ninguém se importa, ele está vivo? Não parece. Mas ele ainda os ama, não por conhecê-lo, mas por quem eles são, então há algo em apenas estar na presença deles que ele deseja. Não é suficiente, nunca é suficiente, mas é alguma coisa.

Ele não tem mais nada.

Então, senhor Stark. Olhando para ele. Salvando sua vida. Meio legal, considerando todas as coisas.

Seu padrão de gentileza tem um padrão muito baixo.

— Provavelmente também não é por causa de uma infecção, e aquele poste parece bem crocante, então se você pudesse me deixar terminar de limpar aquele buraco em sua perna, provavelmente seria aconselhável.

Então foi isso que o acordou. Peter olha para baixo e vê que Tony cortou a perna de seu terno - o que significa que ele terá que encontrar dinheiro para comprar tecido e tempo para costurar outro, obrigado, cara. O buraco já parece menor do que era, mas Peter pensa nos germes e na sujeira se multiplicando dentro dele e ele balança a cabeça, tão bruscamente que todo o seu corpo machucado estremece e ele sibila ao expirar. — Sim. Isso seria... isso seria bom.

Tony está olhando para ele de forma estranha. Com simpatia? Pena? Repulsa velada? Peter não sabe. Sua perna dói, e o Rhino sofreu alguns golpes antes da queda, e sua cabeça ainda está meio confusa e sangrando parece cada vez mais a opção preferível aqui.

— Pelo menos desde que você acordou, posso lhe dar alguns analgésicos.

— Eles não vão funcionar comigo. — Diz Peter, e é uma grande desvantagem de seus poderes. A aspirina poderia muito bem ser um doce, apesar de todo o seu valor medicinal, e é uma droga, especialmente agora que ele está sozinho e também não há ninguém para aliviar a dor emocional. Costelas quebradas não doíam tanto quando ele estava enrolado ao lado de May, ou quando ele falava com MJ ao telefone, fazendo-a sorrir com suas últimas aventuras enquanto ele minimizava as partes sérias.