18 - Que bagunça

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Marinette's pov:

- Mari!

A voz aguda de Alya invadiu meus ouvidos assim que pisei na escola.

Viro-me para ela, com a mochila nas costas e um sorriso no rosto.

- Oi!

A ruiva vestia um shorts cor de rosa e uma blusa branca de seda. Usava maquiagem, mas ainda era perceptível os resquícios de uma má noite de sono.

Ela sempre ficava assim depois de longas madrugadas.

- Não te vi na festa do Nino. Você foi? - pergunto.

- Adivinha... - ela põe os braços pra trás e inclina-se perto de mim. - Eu e ele dormimos juntos!

Arregalo os olhos e fico boquiaberta com a notícia.

Ela nota minha expressão e nega, abanando os braços para os lados.

- Não! Não nesse sentido. Infelizmente... - dá uma risada singela - Bebemos tanto e conversamos que pegamos no sono num sofá no canto da festa.

- Caramba, amiga! - fico um tanto surpresa por isso ter acontecido com ela, que é tão certinha a maior parte do tempo - Isso é incrível.

- Não é? E você acredita que ele é o maior nerd?

- Não acredito.

- Ele gosta de Star Wars e é viciado em computação...

Abro meu armário e começo a organizar minhas coisas, ela encosta a cabeça na porta de metal, como se estivesse recitando um conto de fadas e não sua própria vida.

- Parece perfeito pra você. - sorrio, pegando um livro e cutucando seu ombro.

- É. - ela assente, mas bota uma mão para cobrir os lábios e diminui o tom - Só não fala isso alto.

Rio.

Alya era parecida comigo, mesmo sendo extremamente diferente.

Ao mesmo tempo que tinha apreço por filmes cults, super heróis, RPG e animações japonesas, ela também estava no topo da pirâmide social da escola.

Outras pessoas com a personalidade dela são consideradas esquisitas por aqui, mas ela não.

Ela sabe lidar com pessoas, é responsável e tem lábia. Tem muitos amigos e é bem querida.

Eu a admiro por isso, porque gostaria de ser como ela.

Acho que estou constantemente tendo que escolher entre o que é socialmente inteligente e o que eu realmente quero. Enquanto isso, ela parece articular os dois ao mesmo tempo, sem dificuldade.

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Assim que o sinal toca, já me dirijo à saída.
Ajeito minha mala nas costas e ergo as mangas.

Estava calor pra caramba.

Ir embora a pé é bom para refletir e ao mesmo tempo evitar as más reflexões que eu teria indo no carro de Luka. Porém, era um tanto cansativo, principalmente com esse sol.

Com a testa um pouco já suada e o peso das apostilas nos ombros, eu saio do colégio.

E não foi preciso muitos passos para que a voz de Adrien me seguisse.

- Ei. - ele chama, me alcançando - Nem me esperou, é?

Não tinha mesmo.

Fiquei pensando que seria estranho encontrá-lo depois de ontem.

Politicamente Incorreto || Enemies to lovers (Adrienette | Miraculous)Where stories live. Discover now