Politicamente Incorreto || Enemies to lovers (Adrienette | Miraculous)

20 - Você é um problema

obs: as músicas adicionadas representam o capítulo de alguma forma, então, não estruturei o capítulo para que escutassem durante a leitura. mesmo assim, apreciem como quiserem 🤍

-

Marinette's pov:

-

Saio do colégio apressada para não trombar com Agreste.

Assim como fiz nos últimos 6 dias.

Caminhar com ele era legal, mas Luka tinha razão.

Não era o certo.

Eu botava muita coisa em risco com isso.

Sei lá.
No primeiro e segundo dia até senti falta de sua voz máscula e piadas infames, mas acho que posso viver sem isso.

Ao menos, devia.

Isso não significava que eu cederia e começaria a sair da escola com Luka.

Eu já o via praticamente todos os dias. Era muita coisa pra assimilar, e eu não precisava me colocar nessa situação.

Vou seguindo meu caminho olhando para o chão, concentrada nos tacos da calçada e sozinha, com o silêncio da minha mente.

O clima era nublado e isso era ótimo. Algo que aprendi, sem ele ao meu lado na rua, é que carregar a mochila nas costas em um dia ensolarado era terrível.

Alguns passos ecoaram atrás de mim, como sempre.
Não presto muita atenção nisso, até que eu ouvisse meu nome por detrás do meu ombro.

- Ei, Marinette. - o loiro me chama, alcançando-me. Estava meio ofegante, parecia que havia corrido. - É impressão minha, ou cê tá me evitando?

Que merda.

Ele era impossível de fugir por muito tempo.

Eu claramente deixei óbvio meu afastamento, porém por não ter trocado nenhuma palavra com ele fazia sentido haver dúvida.

Eu estava usando meia calça fina preta e uma saia plissada da mesma cor. Por cima um suéter vermelho ajustado ao meu corpo. Minhas botas, deixavam-me um pouco mais alta que o normal e o modelo parece reparar nisso, pois se endireita todo.

Seus olhos esmeralda aguardavam uma resposta de forma quase passiva.

- Não posso mais ver você, Adrien. - respondo, com a cabeça meio baixa, envergonhada.

- O que?

Arregalo um pouco os olhos e me certifico de se havia alguém aos arredores.

Vejo apenas alguns estudantes, alheios à vida no outro lado da rua.

A barra tava limpa.

Então, agarro seu pulso e direciono-o até o fim da rua, onde havia um beco.

Foram poucos passos e ele me seguiu calado. Provavelmente compreendeu que se tratava de um assunto particular.

A luz ali era pouca, os raios solares ficavam opacos com as folhas das árvores da calçada. O garoto estava em minha frente, fitando-me com um misto de confusão e ansiedade.

- Desculpa. - suspiro, deslizando o pé no chão, em círculos e me encostando na parede amarelada da rua. - Você é uma boa companhia. Eu pensei que pudesse dar conta, mas não dou.

- Isso tem a ver com o que aconteceu no meu quarto?

"Nosso quase beijo?" Quis questioná-lo, com deboche.