Capítulo 3 - Para os ventos que sopram

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"Está frio. O Ar gélido ressecavam as narinas. O tom do dia era como se tivessem colocado um filtro ''dramático frio'' sobrepondo o céu. Havia muita neblina e muitas árvores também. Tinha o som do vento, mas não dos animais, não dos pássaros. Harvey se encontrava no meio do nada, uma espécie de floresta. As folhas ao mesmo tempo que eram verdes como a primavera, também eram marrons como o outono.

Um estalo! *Crack*.

Alguém ou algo estava se movimentando por trás dos ombros de Harvey. O medo subiu arrepiando sua espinha. Uma brisa passou pelo seu pescoço.

*Um suspiro*

Harvey se virou rapidamente para evitar um susto, mas não encontrou ninguém. Outro estalo e ele se virou novamente. Nada!

*Uma mão ao seu ombro* E uma voz feminina dizia seu nome suavemente:

— Harvey?

E quando ele se virou..."

*drim! drim!* Despertador toca.

Era as 7 AM de um domingo. Meio sonolento, Harvey desliga o despertador e se levanta coçando os olhos. A sensação de solidão, desespero e medo em relação ao sonho, ia ficando para trás. Mesmo assim, Harvey não deixou de escrever algumas coisas sobre isto, pois ultimamente para quem não sonhava nada, ou pelo menos achava que não sonhava, estava tendo sonhos bastante incomuns.

— Aquela voz! Eu me lembro dessa voz. — Harvey coçava a cabeça enquanto batucava o caderno com a ponta do lápis.

Alguns minutos se passaram e Harvey decidiu ir até aquela rua de ladrilhos, para saber o que havia acontecido com aquela loja misteriosa. Colocou sua calça jeans, um Allstar velho e meio rasgado, uma camisa branca, um casaco com capuz por cima e preparou sua mochila.
— Aonde pensa que vai? — Dizia a mãe de Harvey.
— Vou... eh, encontrar Lena!
— Está bem. — Sr.ª Mackin respondia meio duvidosa — Tome cuidado! Hoje o dia está meio nublado e parece que vai chover, leve um guarda-chuva!
— Não mãe. Não vai chover. Até mais tarde, te amo tchau. — Harvey saia apressadamente, sem ao menos dar a chance da mãe responder.

Com a sua bicicleta azul, ele pedalou em direção aquele lado da cidade aonde se localizava a tal loja. As casas eram bem antigas e ficavam próximo a uma pequena região montanhosa, com algumas árvores em volta.

A medida em que se aproximava do lugar, aquela sensação na espinha surgiu, o que era esquisito porque ele não havia sentido aquilo antes. E para sua surpresa, quando chegou no lugar, adivinhem? A lojinha estava lá e com direito a ser recepcionado pelo tal velhote de roupas excêntricas.

— Estava te esperando — Disse o senhor.
— Mas como isso é possível? Achei que estivesse ficando doido — Harvey estava desacreditado do que via, era como se ele estivesse sonhando.
— Entre! Temos muito o que conversar — O velhote o deixava na porta para que ele fizesse o mesmo.

Meio desconfiado e com medo, Harvey entrava na tal lojinha e aquelas runas esculpidas na porta, brilharam.

— Mas o que... — Harvey mantinha seus olhos vidrados no brilho das runas, ele não estava compreendendo nada do que estava acontecendo — É algum tipo de sensor? LED? Da primeira vez, isso não brilhou.
— Você fez 18 anos, certo? — Perguntou o velhote.
— Fiz... Como... Como você sabe? — *Será que o velhote estava espionando*, pensou Harvey.
— Você, antes, não se lembrava dos sonhos e agora tem tido alguns sonhos meio estranhos... com uma mulher?

Naquele momento Harvey deu um passo para trás, como aquele velho sabia de tanta coisa. Talvez fosse compreensível o fato de ele saber que Harvey fez 18 anos, afinal, ele comemorou na cafeteria do Sr. Dock e pode ser que esse velho estava por lá também, mas os sonhos? Harvey não contou isso a ninguém, nem mesmo à Lena.
— Como você sabe disso? Quem é você? — ele estava assustado.
— Quem sou não é importante! O que importa é, quem é você, Harvey.

VENDO O MUNDO GIRAR DO LADO DE FORAWhere stories live. Discover now