28-Eu te amo

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Maratona 3/3

NATÁLIA NARRANDO

Eu estava acabada, minha barriga nem doía mais pelo tiro, mas meu coração doía pela perda do meu filho. Eu só queria chorar mas não tinha mais forças para liberar as lágrimas. Os médios fizeram vários exames e descobriram que era uma garotinha, sempre foi meu sonho ser mãe de menina. Todos entraram no meu quarto menos Tom.

-Cadê ele?-Pergunto.

-Ele disse que já vem.-Bill me responde e faz carinho na minha cabeça.-Ficamos com medo de te perder.

Apenas fico quieta, eles ficaram comigo me apoiando e dando carinho nesse momento difícil. Em meia hora a porta se abre revelando Tom. Ele segurava flores, chocolates e um ursinho.

-Tom...-murmuro.

-Vamos deixar vocês a sós.-Diz Georg e eles saem.

Tom se aproxima de mim deixando um beijo em minha cabeça. Ele deixa as coisas em cima da mesa ao lado da cama e se senta ao meu lado.

-Como você está?-Tom pergunta.

-To bem.-Forço um sorriso.

Um silêncio perturbador se instala no quarto. Tom respira fundo e me encara.

-Por que não me disse nada?-Tom questiona.

-Do que está falando?-Pergunto.

-Você sabe do que eu estou falando.-Tom diz.

-Não eu não sei, e se você não me disser eu vou continuar não sabendo.

-Por que não me falou da gravidez?-Ele pergunta e eu respiro fundo.

Claro que ele já sabia, se todos sabiam por que ele não saberia? Eu que fui burra de achar que ele chegaria aqui sem saber de nada.

-Por que não me disse nada? Eu merecia saber, eu era o pai daquela criança.-Diz ele.

-Eu tive medo, Tom.-Justifico.

-Eu ficaria assustado, mas era o meu filho!

-Fiquei com medo de te dizer. Sempre que a gente falava sobre filhos você dizia que não queria agora, poderia atrapalhar na gang.-Digo.-E eu respeitei isso, mas aconteceu. Eu engravidei. E eu não queria te atrapalhar enchendo a sua cabeça com mais um coisa, você estava cheio de problemas já.

-Eu realmente não estava preparado, mas estamos falando do nosso filho!

-Nossa...filha.-Corrijo.

Tom parece sorri de leve mas seu sorriso logo é desfeito.

-Você contou pra Amanda e não me disse nada.

-Me desculpa, Tom. A Amanda que cuidou de mim naquele cativeiro.-Digo de cabeça baixa contendo as lágrimas.

-E eu sou o seu marido!-Diz ele.-E pai do filho que você estava esperando.

-Eu entendo que esteja chateado comigo. Mas tenta me entender também, poxa!-Uma lágrima involuntária sai do meu rosto.-Você deixava bem claro que não queria filhos.

-Eu entendo, eu te dei motivos também.-Diz ele.

-Me desculpa por ter escondido algo que você tinha o direito de saber.-Digo.

-Está tudo bem, me desculpa por ter dito aquelas coisas também. É claro que eu ficaria feliz em saber que seria pai. Seria uma futura gângster.

-Ela com certeza tinha o sangue Kaulitz nas veias.-Digo e sorrimos.

Tom me abraça com cuidado por conta das agulhas de soro.

-Eu te amo...-Diz ele e o encaro.-Fiquei com medo de ter perder.

-Eu também te amo.-Sorrio.

Ficamos em silêncio abraçados e fazendo carinho um no outro. Era bom estar de volta em casa, Tom é o meu lar.

O MAFIOSO-Tom KaulitzDonde viven las historias. Descúbrelo ahora