Capítulo 2

1.2K 158 6
                                    

Então, eu espiei pela janela
Um portal profundo, uma viagem no tempo
Todo o amor que desvendamos
E toda a vida que eu abri mão
Porque ela era um raio de sol,
E eu era a chuva da meia-noite

Midnight Rain — Taylor Swift

Passo pela entrada do mercado escutando o sininho da porta chacoalhar, anunciando minha chegada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Passo pela entrada do mercado escutando o sininho da porta chacoalhar, anunciando minha chegada. Pego três garrafas de água, alguns salgados e doces, junto com chiclete e um pacote de cigarro. Coloco no balcão e encaro o atendente que me olha curioso.

— É ele, não é? — o encaro confuso. — O Radcliffe, deve ser você, nunca te vi por aqui antes — não o respondo e fico esperando ele passar minhas compras.

A atenção dele muda para algo do outro lado da rua e sigo seu olhar, vendo pelo vidro transparente Angel Weffen caminhar com várias sacolas de compras na mão. Ela está com um vestido colado e curto, o cabelo amarrado e fala ao telefone com alguém. Respiro fundo sentindo a porra do ar me faltar, nunca consigo assimilar o que sinto sempre que a vejo. Ela é a coisa mais bonita que existe e ninguém pode dizer o contrário.
E ela é maluca!

Foi atrás de mim na mansão 24. Eu estava lá, eu ouvi ela chorar querendo me ver, saber se estou bem. Não apareci e a segui até o colégio para saber se chegou em segurança. Tudo que eu queria era ter a sensação de estar com ela em meus braços novamente.

Só queria voltar aquela noite.
A noite que ela se tornou a minha garota.

— Perdeu alguma coisa ali, irmão?! — questiono, cerrando punhos e batendo no balcão com força. Ele pula em susto e sorrir nervoso.

— As sacolas dela são da loja de fantasia. Acho que vai pela primeira vez ao Halloween 24 — murmura baixinho, pegando o dinheiro e me entregando as sacolas.

— O que disse? — questiono, querendo saber se ouvi direito.

— Angel Weffen, acho que ela vai ao Halloween 24. As sacolas são de uma loja de fantasia. Ela nunca foi antes a mansão 24 — sinto uma pontada na cabeça ao perceber que fui burro de esquecer que hoje é 31 de outubro de 1993. Saio da loja e subo na minha moto Harley acelerando sem rumo. Não tenho onde ficar.

O maldito do Hebber Weffen proibiu que as hospedarias me aceitassem. Minha única saída é a mansão. Mas hoje ela irá encher de adolescentes drogados e bêbados.

Estaciono em um bar e caminho em passos duros até a entrada. Sigo para os fundos procurando Jaidon Radcliffe, ele vai me ajudar a conseguir uma grana. Ele é irmão do meu pai, não somos tão próximos. Ele que me tirou da cadeia.
Jaidon decidiu colocar um bar aqui em Manhattan e me surpreendi por não ter sido expulso por Hebber Weffen.

Halloween 24Onde histórias criam vida. Descubra agora