𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐍𝐢𝐧𝐞

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The Sexy Vampire.

— Vampira. — A voz ecoa.
A voz. A porra da voz.
Estou em guerra olhando para a tela do celular, vendo os números contar o tempo da ligação, enquanto posso ouvir sua respiração do outro lado.
É violento.
Sua voz é rouca e completamente intensa, e eu apenas ouvi um apelido, mas posso dizer que é violentamente intenso, e estaria mentindo se dissesse que esta voz masculina não é atraente.

No entanto eu não sei o que dizer.
Eu sei que é ele.
É ele quem matou Dave, é ele quem deixou suas roupas na minha porta, assim como deixou o buquê, assim como presenteou a caixa com partes humanas que está mesmo em minha frente.

Eu decido que vou enfrentar e volto o celular sobre meu ouvido.
— Quem é você? — Eu pergunto. — E o que quer? — Eu sou direta, meu peito sobe e desce e confesso que estou tensa, sua voz me deixou em tensão.
— Você quer saber? — Ele retruca.
— Se estou perguntando. — Eu insisto imediatamente, estou irritada.
— Descubra. — Ele não parece sarcástico, parece sério e intimidador, mas eu não vou deixar que este homem desconhecido me intimide.

Eu demoro alguns segundos para responder, estou processando a minha resposta.
Batzi está na janela, como sempre, mas agora está literalmente sentado no apoio da janela, onde estão as flores, a janela está fechada mas ele está ali.
— O que porra você quer? — Eu tento mais uma vez.
— Eu disse, descubra, Serina. — A voz violenta sabe meu nome.
É obvio que ele sabe meu nome, ele matou meu ex namorado, de alguma maneira mandou-me o olho e a mão do meu antigo professor de filosofia, é obvio que ele sabe meu nome e muito mais.
— Eu não perco tempo com você, nem corro atrás. — Eu respondo, firme de mim mesma, pronta a colocar os caninos para fora.

— É mesmo? — Ele supõe. — Você perdeu 07:34 minutos neste exato momento. — Ele diz, eu afasto o celular ligeiramente de meu ouvido, e agora olho para a tela vendo que esse é exatamente o tempo que nossa ligação está pendente, os números apenas aumentando.
E porra, ele está certo.
— Você não corre atrás? — Ele diz novamente antes que eu possa pensar em algo para lhe responder.
— Não. — Eu respondo entre dentes.
— Eu sim. — A voz violenta responde mais uma vez.
E o jeito que ele fala é como o terror.
O terror me excita, mas isso é algo que tenho que conter.

— Você não me conhece. — Eu digo.
— Conheço. — Ele responde.
Eu cerro os dentes com seu tom de certeza.
— Uma vadia má, correto? — Ele diz, posso ouvir seu sorriso ladino, e sorrisos não são audíveis, mas esse é um décimo sentido.
Vadia má era como Dave me chamava quando eu colocava as garras para fora contra ele.
Porra, eu vou matar esse homem através da linha telefónica.

Ele é alguém que eu conheço? Não, ele apenas acha que me conhece.
Estou falando com o espírito de Dave, ou algo.
— Ei. — Eu chamo.
Um "Uhm" rouco sai do outro lado, esperando o motivo de minha chamada.
— Vai se fuder. — Eu rosno antes de desligar a ligação, fazendo o botão vermelho desaparecer, então eu jogo o aparelho em cima do mármore.

Um longo suspiro sai das minhas narinas, e estou irritada pra caralho.
Acabo de falar com o homem que tem deixado pontos de interrogação na minha cabeça ultimamente.
E não sei o que achar disso.
Ele não me conhece.
Eu não sei quem é ele.
Eu não sei o que ele quer de mim.
Eu simplesmente não sei.

Batzi está olhando para mim agora, seu olhar verde amarelado com um risco negro ao meio, penetra o meu olhar escuro e acastanhado.
Ps. Ps.
Eu o chamo, ele rapidamente vem até mim, pulando sobre a ilha, e com a calda e as costas levantadas ele se esfrega em mim enquanto deixa alguns miares escapar.
— O que se passa? — Eu pergunto ao felino.
Ele me devolve um rosnar assanhado, mostrando os dentes pequenos e delicados entre os dois caninos fortes e afiados.
Ele volta ao seu olhar doce rapidamente.
Eu lhe devolvo na mesma moeda, um rosnado assanhado e então deixo um beijo em sua cabeça peluda.
Eu sou este gato.

Punk Obsession - The Serial Killer.Where stories live. Discover now