" tão quente...ah, sufocante! Onde estou? É...tão macio e ao mesmo tempo, forte e seguro...posso sentir até mesmo seus batimentos...o quê?!"
Desperta de seu sonho com a respiração acelerada. E quando o vê bem ali, adormecido a abraçando suavemente fica sem reação.
" O que é quê ele está fazendo aqui?"
Os olhos dele devagarinho se abrem despertando de seu sono também. E a vê ali toda encolhida sem saber exatamente o que aconteceu na noite passada.
Ele se espreguiça devagar e pergunta:
- Que horas são?
- Cedo...
Estreita os olhos e sorri.
- Ah...bom dia antes de tudo. Está tudo bem?
- Estou com uma dor de cabeça horrível!
- Claro que sim...não devia beber como fez ontem.
" Meu Deus do céu! O que fiz!"
- Como cheguei aqui? Não me lembro de nada...
- Eu te trouxe.
Ela olha seu vestido colocado na cadeira próxima, e constata que ele a despiu e colocou aquela camiseta nela.
"Aí meu Deus!"
- Você...tirou minha roupa?
- Não tive alternativa.
Ela fica muito vermelha.
- A gente...
- Fique tranquila. Necrofilia não é minha praia...só fiquei aqui porque pediu-me, e estava tão cansado que sinceramente nem teria energia para mais nada...( percebe a moça ficar ainda mais sem graça)
- Não lembro-me de nada...
- Vou trazer um remédio para a sua dor de cabeça e depois de um bom banho garanto que ficará melhor.
- Não quero dar trabalho.
- Não é trabalho nenhum e tenho que preservar você...está sob minha responsabilidade, e seu pai com certeza me mataria se algo acontecer com você sob meus domínios.
- Nicolas...
- Já volto com o seu remédio.
Ele se levanta, pega o blazer que colocou na cadeira e sai.
" Ele dormiu comigo? Ah eu não acredito nisso!"
A porta se abre novamente, e ele volta com um copo de suco de laranja e um advil.
- Tome isso. Vai se sentir melhor.
- Obrigada.
- Vou tomar um banho e depois café. Espero você?
- Não vou conseguir comer nada.
- Não pode ficar sem se alimentar. Faça um pequeno esforço...te espero para o nosso café.
Fala e sai novamente
Porque ele é tão autoritário?
Não entende isso.
Se as vezes parece querer protegê-la?Vai para o chuveiro e a água caindo em seu corpo é um bálsamo.
O remédio parece estar fazendo efeito.
Se sente um pouco melhor.Olhando-se no espelho vê como está com o semblante acabado.
Também!
Quem mandou chutar o balde?
Agora tem que defrontar o homem lá a esperando para o café.
Coloca um vestido azul de alcinhas, e solto ao corpo.
Pra que provocá-lo ainda mais?Nicolas está no seu impecável terno preto, pronto para ir trabalhar.
Olha na direção dela e sorri.- Como se sente?
- Melhor do que deveria...obrigada por perguntar.
- Tudo bem. Todo mundo já teve seu pileque...eu mesmo já tive vários...
- Te envergonhei? Ontem?
Ele a olha muito sério.
" Se soubesse o que fez comigo garota..."
- Não.
- Juro, não consigo me lembrar de nada...a última coisa que lembro é de você me puxando para dançar...( ela fica muda...o beijo! Sim...ele a beijou de um jeito que nenhuma amnésia a faria esquecer)
- Tudo bem Lívia? Ficou pálida de repente.
- Eu...me desculpa...acho que a dor de cabeça voltou.
- Descance...mais tarde ficará melhor. Vou para a Holdgins...não sei ao certo a hora que voltarei. Estou em um trabalho duplo...como sabe, a empresa do seu pai...caso precise de alguma coisa...pode me chamar no celular.
- Tenho que te perguntar uma coisa antes...
Ele imagina exatamente o quê.
- O que foi?
- Porque...me beijou?
Ele chega perto dela segurando seu rosto com carinho.
- Preciso ir. Até mais tarde.
- Você não me respondeu...
Ele sorri.
- Melhor deixar essa conversa para depois. Tenho mesmo que ir.
Sai rápido.
Claro que ele não vai responder.
Sua vontade é de fazer outra vez!
E por isso decidiu.
Vai se afundar no trabalho para evitar ficar perto dela.
Tem resistência mas a tentação é muito maior!E é exatamente o que faz.
Sai todas as manhãs bem cedinho, para evitar encontrá-la, e volta tarde da noite, se enfiando no seu quarto.
Sabe dela pelos empregados, que estão avisados para dar toda a assistência que ela precisar na sua ausencia.Lívia não entende porque ele de uma hora pra outra decidiu se afastar dela desse jeito. Nem se lembra da última vez que o viu direito, a não ser naquela manhã...depois não mais.
Está muito concentrada no jardim. Depois que começou a cuidar dele, ganhou
mais vida e um vislumbre...está maravilhoso. E queria mesmo que ele visse seu esforço para que voltasse a ser lindo, como nos tempos de sua mãe.
Vai até a cozinha e encontra a sra Gomes.- Olá minha querida, gostaria de alguma coisa?
- Eu...estou me sentindo um pouco sozinha...
- Ah, está sentindo falta do Sr Richmam?
- Eu...não diria isso. É que quase não o vejo mais...
- Ah, ele está trabalhando muito.
- Me sinto um pouco culpada por isso. Parece que ele está me evitando...
- O Sr Richmam? Imagina...ele é muito preocupado com a srta...todas as noites ele vai até a porta de seu quarto para ter certeza que está bem e segura.
Todas as noites? Como assim?
- A quê horas ele costuma chegar?
- Depende muito...
Lívia fica curiosa.
" Se preocupa comigo...mas me evita?"
- Vou tomar um banho e depois assistir algo na TV...boa noite sra Gomes.
- Boa noite querida.
Lívia depois do banho, coloca um short e uma camiseta regata de alcinhas e fica sentada na cama, buscando algum programa na televisão.
Já é bem tarde.
Quase duas da manhã!
Ouve o barulho do carro dele e olha discretamente pela janela.
Ele sai com semblante cansado e entra na casa.
É a oportunidade perfeita.Ela percebe a sombra dele na sua porta parada por alguns instantes e logo sai.
Lívia espera um pouco antes de sair.
Vai até a porta da suíte dele, e percebe que a porta está encostada, não totalmente fechada.
Cheia de coragem entra sem fazer barulho e escuta o barulho do chuveiro ligado." Ah...está no banho!"
Mesmo morrendo de curiosidade, fica sentada na cama enorme dele, esperando que ele saia do banho.
Quer saber o porque dessa atitude dele. E será hoje!
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escravos do amor
RomanceNick é um homem muito difícil de lidar. dono de um grande negócio, que envolvem muitos funcionários, desde a morte precoce dos pais em um acidente aéreo, onde também se encontrava sua noiva, Alexandra, se fechou para o mundo e para qualquer senti...