Capítulo 32

323 50 10
                                    

Anastasia

— Mamamama. — Jane repete uma e outra vez, sentada em sua cadeira. É música para os meus ouvidos. Ela está crescendo tão rápido. Eu desejo que eu pudesse apertar pause e congelar cada momento minúsculo.

Ela é verdadeiramente móvel agora, o que tem sido um enorme pé no saco. Além disso, tudo vai em sua boca, e eu juro que a criança pode encontrar as coisas mais ínfimas.

— Mamamama.

— Oi, menina linda.— Eu sorrio e coloco outro Cheerio na bandeja. Eu aprendi que um Cheerio me dá tempo para cerca de uma louça para lavar. Tempo é tudo.

Ela sorri e tenta agarrá-lo quando eu corro de volta para a pia para manter a limpeza antes que ela comece a gritar novamente.

Eu olho pela janela e vejo o carro de Christian entrar na garagem. Minha felicidade é automática e as borboletas começam a se agitar no meu estômago. Foi apenas alguns dias desde que nós vimos um ao outro, mas eu senti a sua falta.

O tempo separado me deu a chance de chegar a um acordo com as minhas emoções. Eu estou com raiva, mas eu não vou permitir que as decisões de Jack impactem o meu futuro. Ele se foi. Ele fez más escolhas e eu tenho que viver com isso. Mas ele me deu Jane, e de certa forma, ele me deu Christian. A verdade é que eu não tenho nenhuma maneira de saber se isso realmente aconteceu. Tudo que eu tenho é a palavra de daquela mulher.

Ouço Christian batendo na porta e Jane começa a confusão. Parece que meu tempo Cheerio expirou.

— Entre!— Eu grito em direção à porta e a ouço abrir.

— Tranque maldita a porta. —  Christian resmunga quando ele entra.

— Eu moro no bairro mais seguro. Eu também tenho o vizinho mais intrometido que acampa em seu deck. Eu acho que a Sra DeMatteo notaria e lhe bateria com um bastão antes que você pudesse entrar. — Eu sorrio e Christian se abaixa para beijar Jane na bochecha.

— Olá, linda. — ele murmura para ela e ela sorri.

— Mamamama. — diz Jane.

— Dê-lhe um Cheerio, por favor. — Eu instruí Christian e quase fico animada que eu posso fazer todos os pratos enquanto ele alimenta ela.

— Claro que sim, mas primeiro é melhor você me beijar.

Viro-me e os meus braços envolvem em torno de seu pescoço. 

— Oi. — eu sussurro.

— Oi. Você está linda. — diz Christian sedutoramente.

— Você está todo suado. — eu respondo enquanto eu me levanto nos dedos dos pés. Eu vou chegando mais perto de seus lábios e ele se inclina para baixo lentamente.

A tensão aumenta entre nós e eu saboreio o momento. Quanto um beijo pode deixar a sua cabeça girando e seu corpo formigando... Eu não tive isso em tanto tempo.

Ele para antes mesmo que seus lábios possam tocar os meus. — Eu estou suado. — ele resmunga e então ele me beija.

Eu seguro a parte de trás do seu pescoço e ele me segura apertado enquanto ele me move para trás. Minhas costas atingem a pia e ele empurra contra mim. O beijo termina rápido, mas me deixa sem fôlego.

— Maaaaaamaaaaa. — Jane grita de sua cadeira, lembrando-nos de sua presença. Eu rio e empurro contra seu peito. — Ninguém se esqueceu de você, menina boba. —  eu a repreendo de brincadeira e coloco um Cheerio na cadeira para Jane.

Ela me dá um de seus sorrisos de rosto todo. Onde seus olhos brilham, o nariz enruga um pouco, e seus lábios se alargam. Você não pode evitar de sorrir de volta para ela.

ConsolationOnde histórias criam vida. Descubra agora