Tom.
Eu já estava a alguns segundos batendo freneticamente na porta do quarto de Suyane.
Nos últimos dias, eu senti que ela estava me evitando, e eu não fazia ideia do motivo. Eu cheguei a cogitar que pudesse ser porque eu agi estranho com ela depois do dia em que saímos para jantar, porém, eu tinha meus motivos.
Eu fiquei enfurecido quando vi ela e Ethan quase se beijando. Eu não sei o que havia dado em mim, foi algo que só acabou acontecendo.
De qualquer forma, eu não conseguia ficar com raiva dela por muito tempo. Em menos de um dia a ignorando, eu senti sua falta e tentei deixar esse pequeno acontecimento de lado.
O problema é que os papéis se inverteram desde então. Toda vez que eu tentava conversar com Suy, ela dava um jeito de fugir de mim. Eu tentei lhe perguntar o que estava acontecendo mais de uma vez, e suas respostas eram sempre um "eu estou ocupada agora".
— Bom dia. — Foi a primeira coisa que Suy disse quando abriu a porta.
Como sempre, eu entrei sem pedir permissão e me sentei em sua cama. Eu fazia isso porque tinha certeza que ela não me deixaria entrar caso eu pedisse com educação.
— Nem um pouco folgado, graças a Deus. — Ela fechou a porta e se virou para mim.
— Se eu pedisse para entrar, você diria que está ocupada e bateria a porta na minha cara.
— Não é verdade. — A mais velha desviou o olhar.
— Você fez isso três vezes na última semana. — Eu arqueei a sobrancelha.
— Se eu não lembro, não aconteceu.
— É, mas eu lembro. — Eu me levantei e me aproximei dela, que tentou se afastar, mas eu a segurei e a coloquei contra a parede. — Você não vai mais fugir de mim.
— Eu não estou fugindo de você. — Por mais que a garota tentasse parecer convincente, não era difícil de perceber que ela estava mentindo.
— Se isso é verdade, por que você não olha pra mim enquanto fala? — O que eu disse não a abalou. Seu olhar continuou focado em um ponto aleatório do quarto.
— Eu quero ficar sozinha.
— Você diz isso porque sabe que está mentindo e não quer contar a verdade. Você sempre faz questão de ressaltar o quanto é adulta, mas agora, está agindo feito uma criança.
— Não estou não.
— Beleza, então me fala o que tá acontecendo. Adultos se resolvem conversando, não?
— Eu já disse que não foi nada. O que mais você quer? — Seu olhar continuava perdido pelo cômodo.
— Você pode pelo menos olhar pra mim enquanto fala? — Eu já estava me irritando.
— Se você faz tanta questão... — Seus olhos finalmente encontraram os meus, e eu a senti ficar tensa. — Isso não vai mudar o fato de que não aconteceu nada. — Sua voz fraquejou no final da frase. É, definitivamente tinha algo acontecendo.
— Tá bom. Se não foi nada... — Eu aproximei meu rosto do seu para beijá-la, porém, ela cobriu a própria boca com as mãos. — Eu sabia! — Me afastei dela e passei as mãos pelo meu rosto. — É óbvio que tem algo acontecendo!
— Eu já disse várias vezes que não!
— Você é uma mentirosa! Você sempre falou tão mal de mentiras, dizia odiar gente mentirosa, e agora está aí, fazendo algo que você tanto julga!
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As it was - Tom Kaulitz.
RomanceAonde uma jovem estilista fora contratada para trabalhar com o Tokio Hotel, a banda no qual seus amigos de infância faziam parte. No entanto, algo que parecia ser perfeito acabou se tornando seu pior pesadelo. Viver ao lado de Tom Kaulitz e ter qu...