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 Ele, se vê com Sirius dentro da floresta. 

 Sinceramente, ele não sabe o que aconteceu para eles estarem ali. No momento, ele não se importava, também. 

 "Você acha que ir até as terras devastadas vai ajudar em algo, mesmo?" Sirius perguntou, olhando de uma lado para o outro, sem parar. 

 Remus tinha a impressão que Sirius não gostava nada das coisas que já tinha visto até aqui. 

 Ele também não, claro. 

 "Talvez." Remus deu de ombros, porque ele não lembrava de ter dito isso. 

 Eles continuaram caminhando, as aranhas fugindo dos galhos enquanto o viam passar. 

 "Ei," Sirius chamou. "Remus."

 Remus parou, e se virou. 

 "Se- bem. Com tudo isso acontecendo, você pode me chamar pra fumar e dar uma pausa, sabe." Sirius chutou a terra. "Igual os velhos tempos."

 Igual os velhos tempos era, com certeza, muito bom. Era fogos de artifícios pulando no estômago de Remus. Era Sirius fazendo diversas caretas pra si mesmo. Eram eles, uma floresta de árvores com raízes que olha, não dava pra cortar. 

 Remus engoliu em seco. 

 "Sim, ótimo." 

 Sirius passou correndo por seu lado. 

 Quando eles chegaram na terra seca, árvores mortas e bichos invisíveis, o silêncio parecia fazer um complô com o cenário. 

 Remus sentiu seus pelos arrepiarem. 

 "O que a gente faz agora?" Sirius perguntou, inquieto. 

 Ele deu de ombros. 

 E se ajoelhou. 

 Eram eles. Duas pessoas com um passado comum, e um presente interligado. Mas, em algum momento, Remus sabia que algo tinha mudado. Talvez com ele próprio, talvez com Sirius. Talvez com o resto. Não importava. 

 Eles eram duas pessoas na floresta, aquela que escondia um laboratório bizarro e bia com super poderes e uma terra tão podre, mas tão podre que Remus não queria nem tocar. 

 Mas, curioso, ele tocou. 

 E então o chão tremeu. Sua visão escureceu e ele demorou alguns segundos para entender que era a si mesmo quem estava tremendo. Mas ele não estava lá. E então estava. E Sirius berrou preocupado. E então não. Nada. Só Remus e ele. 

 Quando Remus voltou, a última coisa que viu foi o rosto preocupado de Sirius.




vinte e quatro. 


 Harry não queria que Neville ficasse mal. 

 Ele- bem, não era pra ter acontecido isso. Não fazia nem sentido. Nem-

 Ficar se remoendo não adiantaria de nada. 

 E agora, o que restavam para eles, era tentar animá-lo. Luna tentou conversar, Remus lhe deu filmes. Sirius comprou sanduíches para todo mundo, e Ron planejou uma noite de jogos. Hermione lhe comprou docinhos com cartõezinhos de curiosidades – e leu todos para ele. 

 Draco não tentou nada. Já Harry, não sabia o que fazer. 

 Então, de alguma maneira, eles vão parar ali naquela lanchonete do lado do metrô. 

 "Dá pra todo mundo pedir a mesma coisa e dividir," Ron sugeriu, se acomodando no final do banco. Hermione e Ginny ao seu lado, Harry, Luna e Neville do outro. 

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