Chap 4 - O gato e a Fada

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Cellbit não sabe quanto tempo se passou, mas ele finalmente conseguiu usar suas garras para abrir a gaiola onde ele estava, ele tem que admitir que foi realmente satisfatório descobrir que os livros de histórias infantis que ele leu não estavam mentindo sobre essa capacidade específica.

Ele Aprecia o clique satisfatório que é ouvido vindo da tranca da gaiola antes que o mesmo use suas garras para rasgar um buraco no pano que estava cobrindo a mesma grande o bastante para ele sair.

Cellbit tira um momento para se orgulhar de si mesmo e esticar seu corpo felino fora da pequena gaiola, assim que o momento passa Cellbit analisa rapidamente a sala em que está, parece um escritório cheio de itens e tomos estranhos que após uma farejada rápida no ar revelam a picância eletrizante e antiga que só pode ser atribuída a magia.

A o que Cellbit não daria para poder colocar suas mãos naquelas coisas! Mas prioridades, agora ele deve focar em sair daqui, ele pode voltar depois com uma equipe da Ordo tentar recuperar algumas dessas coisas mais tarde.

Cellbit se aproxima da porta da sala pulando na maçaneta e usando seu peso para puxar a porta o mínimo para que ele consiga se espremer para fora.

Assim que ele consegue sair ele usa seus ouvidos para captar se há algum movimento a sua volta, obtendo o resultado negativo o gato tenta captar o vento usando seus bigodes e olfato para localizar a saída daquele lugar.

Descobrindo a brisa que vem da sua direita o gato começa a percorrer o corredor, a única luz sendo providenciada pelas tochas que estão pelas paredes do mesmo, Cellbit continua concentrado em rastrear a saída andando até chegar a uma curva.

O que Cellbit não esperava era ser agarrado por algo fazendo o mesmo soltar um miado nada assustado e agudo que o mesmo iria carregar consigo até a morte, e o fazendo usar suas garras no que quer que fosse para que o soltasse.

-Ai!- Ele ouve a coisa exclamar largado o gato que começa a sibilar e afofar todo o seu pelo em ameaça -Ahh! Não me machuca!- Ele ouve os gritos vindo da figura misteriosa antes que as fungadas reveladoras de algo chorando chegue a seus ouvidos.

Em seu susto Cellbit demora alguns segundos para que o som das palavras seja processado por seu cérebro e ele finalmente veja quem era a figura à sua frente, e ele tem que admitir que isso era a última coisa que ele esperava.

Cellbit observa o garoto loiro a sua frente, ele não pode ter mais que seis ou sete anos, encolhido de medo no canto da parede olhando para o gato com pavor e cheirando a medo puro.

O droga agora Cellbit se sente mal por assustar uma criança, não que ele saiba porque caramba uma criança está em um local próximo a porra do Cucurucho.

Cellbit se aproxima lentamente do garoto observando o mesmo se encolher ainda mais contra a parede parecendo cada vez mais assustado, suas mãos contra o peito e lágrimas gordas escorrendo de seu rosto com ainda mais intensidade quanto mais o gato se aproximava.

O gato parou a alguns centímetros do garoto deitando seu corpo no chão seus olhos dilatados e a postura mais próxima do que ele espera que passe ao garoto a mensagem de 'não tenha medo sou fofo não assustador'

Ele observa por um tempo o garoto engolido com os olhos fechados antes que o mesmo pareça começar a se acalmar, seus olhos se abrindo revelando uma cor castanha avermelhada e opaca.

O garoto tremendo de medo parece avaliar sua postura antes que ele estique a mão em direção a Cellbit sua mão parando a centímetros da cabeça do mesmo.

Tentando acalmar ainda mais a criança Cellbit estica seu pescoço sua cabeça encontrando a mão do garoto que retira a mesma rapidamente assustado, Cellbit solta um pequeno miado esperando até que o garoto lentamente coloque novamente a mão sobre sua cabeça.

I see the LightOnde histórias criam vida. Descubra agora