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ᕙ TKᕗ

Fazia quase uma semana que tinha rolado o bagulho no aniversário do Gabriel, e eu não consegui falar com Gael de jeito nenhum. Ele nunca me atendia quando chamava na casa dele e nem para o bar do Paulão ele tava aparecendo, o único que tinha contato com ele era o russo que se negava a me contar qualquer coisa.

Depois daquele dia, nunca mais fiquei perto da Júlia, ela que tinha me dado o bagulho lá e eu como idiota aceitei e deu no que deu.

Eu tava na boca olhando a movimentação quando vi um cabelo cacheado que eu conhecia muito bem, Gael estava subindo a rua de fones de ouvido carregando duas bolsas de mercados, ele não pegava para o lado da boca em nenhum momento. Pensei em ir até ele, mas parei assim que vi Russo descendo correndo e parando na frente dele, Gael abriu um enorme sorriso... Um sorriso que ele já tinha aberto pra mim uma vez, e agora me fazia sentir raiva por não ser pra mim.

  Parei de olhar quando vi eles vindo na minha direção, fingi que estava contando as notas que estava na mesa.

      — Eai, pessoal.— disse Russo. — tranquilidade? Lembram do Gael?

     — Tô ligado, filho do Paulão.— disse Cauã, mais conhecido como "da Boca".— tranquilidade? Tá sumido, nunca mais te vi subindo.

      — Me vigiando, da boca?.— Gael riu. — tava resolvido umas paradas com a minha coroa, voltei hoje.

      — Saquei .

       — TK, tem como você leva ele em casa? Percebi que não desci com a chave da moto.— disse Russo, Gael arregalou os olhos.

      — Na-não, precisa!.— disse Gael. — da pra subir..

 .   — Isso tá pesado, Gael.— disse Russo. — TK, tá fazendo nada, pode te levar.

Russo me olhou com a sobrancelha erguida.

    — Sim.— peguei minha chave que tava encima da mesa.— vamo.

      — Russo...

      — Relaxa, gracinha.— russo deu um beijo na testa dele e a minha veia  saltou na testa. — TK vai devagar.

Mesmo relutante, Gael subiu na minha moto e agarrou na minha cintura com força. Antes que ele pudesse dizer algo, subi o morro a mil, passando entre os carros que subiam como se eu fosse piloto de formula 1. Quando paramos em frente ao portão dele, Gael desceu da moto se tremendo todo e me olhou com ódio.

     — Obrigado!.— respondeu sério e virou, antes que ele pudesse andar, agarrei seu braço.— O que foi?

    — Eu pisei na bola com você, não deveria ter falado aquelas coisas.— falei. — desculpa.

  Gael piscou algumas coisas, como se não estivesse acreditando.

     — Não esperava por isso.— disse Gael.

     — Qual foi? Acha que só porque sou Dono disso aqui que não tenho educação?.— soltei ele e Cruzei os braços.

     — Por você ser dono disso aqui que eu fico surpreso de você está se rebaixando a pedir desculpa para mim, apenas um morador.— disse Gael.

      — Eu sei quando estou errado, não deveria ter falado aquelas coisas, eu não tinha o direito.— falei.— e pra provar isso, que tal você ir comigo pro baile na quadra Hoje? A gente vai ficar no camarote.

    — E assim que você quer meu perdão? Me chamando pro baile?.— Gael riu. — beleza, mas se acontecer qualquer coisa, eu nunca mais olho na sua cara, Thiago.

O bandidoWhere stories live. Discover now