Mistila Vuoj é um ENEMIES TO LOVERS que relata a história de Theo Davis Vuoj. Ele é dono de uma máfia mas acaba se afastando pela sua namorada. Eles tentaram viver um romance juntos mas infelizmente ela acaba sofrendo um acidente por conta do passad...
Parado em uma esquina, (aparentemente ela servia para vendas de paradas ilícitas, ali ficavam os Orangs e os Verdinhas observando quem vem e quem vai. Lá era o ponto de observação mais podre que existia.) Ele parou ali, naquele lugar, naquele bendito lugar. Eu costumava andar lá, mas não pra usar essas paradas, eu era o Verdinha da esquina, vendia e saía com o meu dinheiro não heróico. Meu nome é Theo Davis Vuoj, tenho 27 anos e foi ali que o ônibus decidiu parar, naquele lugar, naquele bendito lugar.
Percebi que tinha gente subindo no ônibus e ajeitei minha postura para poder observar, minha irmã que estava ao lado da janela com o seus fones de academia, tampava bem as orelhas e continuava a olhar pela janela, ela sabe da minha história, talvez estivesse com saudades de tudo isso, ou de alguém.
– Então galera, primeiramente BOMM DIIIAAA.
Umas das pessoas que subiu no ônibus cantarola em um tom bem afinado e todos do ônibus retribui o seu bom dia. Ela vestia um vestido longo branco com umas flores pequenas azuis, o vestido tem um rasgo enorme que subia sua perna esquerda, e reparei que ela estava de salto grosso.
Dou uma reparada onde está as demais pessoas que subiram com ela e percebo que todas estão em pé na parte de trás do ônibus com mochilas nas costas, como se fossem estudantes do ensino médio.
– Eu não sei por onde começar... mas quero que saibam que essa não é a primeira vez, juro pra vocês que é porque eu real sou bem educada...
Ela não parava de falar e fazer gestos com suas mãos, daqui a pouco todos do ônibus descem e vão a pé até os seus destinos. Ela tentava passar confiança para as demais que estavam no ônibus. Percebo que as meninas colocam as mochilas (que certeza estavam completamente vazias), em suas mãos.
– Isso é um assalto galera...
Ela fala com naturalidade, pessoas gritam e se encolhem com medo, eu observo que ela não está nervosa, não havia nervosismo em seus olhos. As garotas que subiram com ela (provavelmente acabara de completar seus 18 anos), abrem suas mochilas e saem recolhendo.
– ...mas quero que todos vocês fiquem calmos, eu não quero o celular de vocês. Eu sei o quanto é caro e difícil de se comprar, a maioria de vocês tem a vida inteira nele, não é?
Ela pergunta olhando para minha irmã que no momento estava nas nuvens com sua música no volume máximo.
– Eu quero somente dinheiro, relógios, FONES DE OUVIDOO. - Ela cantarola mais uma vez. Minha irmã com zero reação aperta o pause na música i think im in love de Kat Dahlia e passa o seu fone para a ladra do ônibus 300. Então ela estava ouvindo? Eu acho que sim.
– O relógio, amigo. - ela olha para mim e fala. Eu a encaro e digo.
– Não sou seu amigo e não vou dar meu relógio. - minha irmã me encara e diz.
– Qual é, seja educado com a moça ela em nenhum momento te tratou com desrespeito, o mínimo que você pode dar é a sua educação. - Ela diz tirando o relógio de meu pulso. Eu encaro a ladra e ela até que teve uma reação, seus olhos brilhavam.
– Obrigada. - ela diz e sai recolhendo dos demais.
Eu não a conhecia, não sabia que aqui estava dessa forma, só fiquei um ano e meio fora, não creio que mudou tanta coisa assim.
– A senhora tem o da passagem de volta? Não quero ser responsável por um perdimento. - Ela falava com a idosa que estava sentada ao meu lado do lado de lá do ônibus. Perdimento? Essa palavra existe?
– Então, gente, muito obrigada pela atenção e a colaboração de todos vocês, tchauzinho. - Ela diz pegando em meu ombro e não pude negar que eu vi. Eu vi o V colorido na cor vermelha tatuado em seu dedo do meio e logo percebi que ela também fazia parte. Ela desce do ônibus e eu a encaro pela janela, trocamos olhares, seus olhos mais uma vez brilharam. Uma das meninas puxa ela para irem embora, e lá se foi.
Tudo aconteceu tão rápido que não percebemos que o ônibus não se moveu nem um milésimo de centímetros, ele estava paralisado.
– Como vou escutar minhas músicas? - Minha irmã olha para mim e pergunta.
Como ela consegue pensar em música uma hora dessa? Eu me levanto para ver o que aconteceu e vou até o motorista. Todos do ônibus ainda com medo começam a falar em voz alta. Odeio barulho de conversa, não tenho nenhum problema, só... não sou muito chegado.
– Aí, dá pra poder acelerar eu tô cheio de coisas para resolver, meu. - Chamei a atenção do motorista. Ele olha para mim e responde.
– Não está ligando, preciso ligar para o mecânico. Ei pessoal, vocês vão ter que descer do ônibus. - Ele grita para todos ouvirem. Ele pega o pocket mini dele e desce do ônibus. Quem tem um pocket em pleno 2024? Eu olho para minha irmã e faço um que vamos com a cabeça. Descemos do ônibus e percebemos que já chegamos onde queríamos..
Eu não acredito que essa cidade chegou a esse ponto, no ponto de assaltar pessoas indefesas em um ônibus, não é certo e muito menos justo. Eu não admito que essas coisas venham acontecer aqui, não na minha cidade, não no meu sistema.
– Como vamos carregar tuuudo isso? - Ela pergunta apontando pra estrada e depois pras 4 malas que apenas uma era minha.
– Estamos em casa. Vem, vamos achar um local para comermos. - Digo pegando as malas. Andamos.
– Estou com fome, quero comer algo beeem gorduroso. - Ela fala olha para mim e percebe que não rio de sua PIADA.
– HAHAHAHA. - Ela ri de sua própria PIADA.
– Pensei que estivesse falando sério. - Falo com um tom sarcástico.
– É Claro. Eu amo hambúrguer, pizza e batatas fritas. Ummm uma delícia. - Ela fala com um tom mais sarcástico e rimos juntos. Essas coisas não deveriam ser chamadas de "comida", não mesmo. Comer isso é ficar cada vez mais próximo de seu túmulo.
Avistei uma lanchonete e aproximamos, infelizmente nada bom no cardápio, nada do meu gosto. Tem self service, pegamos salada, frango frito e ovo. -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
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THEO E ZOELLE VÃO CONSEGUIR UM LUGAR PARA FICAR???
O QUE SERÁ QUE THEO IRÁ FAZER COM A LADRA DO 300???
PRÓXIMO CAPITULO...
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