meu querido raio de sol

all for my sunshine

Oi amores a quanto tempo né?
Estão bem? Espero que sim
Boa leitura ♡

Amapá estava sentado na praia olhando as ondas quebrando, já era cerca de 4:45 da manhã e logo o sol  ia nascer. 

Já se passaram seis dias desde que saiu do Rio de janeiro e retornou para casa. Ou pelo ao menos era para ele ter retornado. 

Ficou alguns dias sozinho, já que os pais estavam na França. Ele até gostava de ficar sozinho, não tinha barulho nem irritação.  Mas a ansiedade sobre o processo de eliminação estava o deixando doido. Foi aí que seu amigo Matheus( Maranhão) o convidou para passar na praia. 

Maranhão era uma das únicas pessoas, exceto Tocantins, que conseguia manter uma aproximação de Amapá. Talvez fosse porque o homem era extremamente paciente e tinha ótimos concelhos. Ou porque ele ignorava todo o jeito arisco de Amapá e aprendeu a ler nas entrelinhas oque ele queria fazer ou dizer. 

A amizade de ma com ap era totalmente diferente da amizade de ap com to. Talvez fosse uma amizade colorida por assim dizer. 

Mas era complicado. Eles se entendiam na complicação um do outro porque o coração de Ma pertencia a um outro alguém assim como o coração de ap pertencia ao Tocantins.

Eram raras as vezes que ele se encontravam com intuitos sexuais a maioria das vezes era só pra conversar mesmo. Maranhão era extremamente inteligente e tinha ótimos concelhos sobre tudo. Amapá que era teimoso e não lhe dava ouvidos. 

— Então bro, já contou pra ele? 

A voz grossa tirou Amapá de seus devaneios o fazendo olhar para o cacheado..

— Sobre o'que exatamente?

— A ligação dos seus pais. Você não pretende se mudar sem se despedir do toca né? — Matheus olhou para Antônio que deu de ombros. — Não acredito que seu plano é se mudar para a França sem falar nada.

— E-eu não sei tá legal? Ele quer namorar alguém e eu não quero ficar aqui pra ver isso.— O nortista se encolheu abraçando os joelhos, sua cabeça estava a mil desde que recebeu a ligação de seu pai dizendo que eles se mudariam para a França.

Matheus pegou uma espécie de pote e entregou para Antônio que o olhou confuso mas pegou. 

— Que isso?— Ele abriu o pote de bala vazio meio confuso.

— Caixa mágica para resolver seus problemas. Sabe o que tá escrito aí? 

— Hm? 

— Namore com ele.

— Ah vai se fuder! Eu tô aqui falando coisas sérias e você de gracinha. 

Amapá jogou a caixa na areia e Maranhão começou a rir da reação explosiva dele.

— Panterinha,  você coloca dificuldade onde não deveria ter. O Tomás te adora e você adora ele, só são idiotas de mais para se assumirem. 

— Se fosse fácil assim você já teria se ajeitado com a Alana.— Toni solta a alfinetada deixando Matheus de boca aberta — Aaaaa pimenta nos olhos dos outros é refresco né? 

— Tá legal, eu falo com ela e você conta para o Tato que vai de mudar. 

— Duvido.

— Fala duvido de novo que eu ligo pra ela aqui agora. 

— Duvido. 

Maranhão pega o celular e disca o número da alagoense, ainda nem tinha amanhecido e com certeza ela ia xinga-lo. Assim que ela atendeu o cacheado colocou no viva voz.