CAPÍTULO 11

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Curte e comenta! Preciso finalizar esse livro, e amores só vocês me desbloqueia. Kkk

[...]

M A R I A

Quatro dias se passaram e nenhum rastro da Oleana foi encontrado, além dos quatro filhotes de coelhos que se recusam a falar qualquer coisa, ou onde colocaram a jóia. O Jean está agitado, e sempre em busca de atenção e carinho, dengoso como nunca havia estado, então, o meu companheiro, o Shark e a Letícia resolveram fazer uma vistoria envolta da área, e tentar descobrir se algo está afetando o pequeno para deixá-lo tão inquieto.

Eu e Miyake estamos bem, e ele se esforça para ser um bom companheiro, até mesmo está trazendo meu alimento, antes dos tubarões, porque é ciumento. Está um pouco estressado devido a fuga do molusco, porém, não parece estremo, ou se controla bastante por medo que seu animal assuma em seus excessos e cause algum problema. O homem é totalmente oposto de mim, porque é tímido, tranquilo e analítico, enquanto eu sou desinibida, alvoroçada e dispersa muitas vezes.

Só em lembrar do meu companheiro, minha pele se arrepia e minha golfinho se eriça animada na borda da minha mente em completo oferecimento. Minha sorte é que não tenho problemas em ir atrás dos meus vícios, porque o homem apenas pisca assustado e se entrega quando procuro, mas, ainda levarei ele ao limite para que me pegue de jeito, pra me deixar bamba. Sei que parte da sua sutileza, é devido ao fato de está mantendo seu animal inibido, o que já está me dando pena, pelos pedidos sofridos que ele solta na minha mente, em arrependimento e meu próprio ser, não se cansa de me encher o saco para procurar o macho dela.

O criatura sem jeito! – Ele é doce. — eu pisco ignorando sua insinuação, e tento voltar a minha mente, porque penso tanto que preciso de um choque para voltar. Admito que estou sendo maldosa com a orca, já que do humano estou usando e abusando como se ele fosse apenas meu. — Ele é apenas meu! — Nosso. Meu animal se posiciona, e me divirto com sua birra. 

Meu animal é um dos cetáceos mais inteligentes existentes, e não estou me gabando como o tubarão idiota teima em me acusar, mas, podemos nos comunicar com nosso animal. Não exatamente um diálogo, mas, ele tem uma maior facilidade de comunicação. Ela se manifesta como uma voz mental, ou algo parecido, e as vezes eu fico muito dispersa enquanto tenho os debates mais bobos dentro da minha cabeça. Nós golfinhos chamamos de consciência shifters. A linguagem dos golfinhos são muito parecidas com as dos humanos, e por isso é óbvio que um humano com uma mentalidade superior como os shifters, acabam traduzindo muito do que passamos entre nós. Os cabeça-chatas traduzem meus sinais, e repassa para o humano, porém, sua linguagem não é tão explícita como a dos golfinhos e não consigo traduzir sua resposta.

É uma questão de capacidade mental, e não algo a ver com falta de inteligência, como o tubarão alega. – O tubarão é megalomaníaco. – Minha mente brinca e concordo plenamente.

— Bebês são assim mesmo, Maria. – A senhora D diz com calma, o sorriso gentil sempre em seu rosto com sinais de idade.

Em aparência humana, não daria mais que cinquenta anos a senhora, porém, não é algo fácil de conhecer, shifters com essa aparência, infelizmente. Apesar da nossa longevidade, vários fatores podem afetar essa dádiva, encurtando nossas vidas, como o fato de uma grande parte dos shifters não encontrar seus destinados e isso deixa o espírito fraco, e corta em partes nossa força e rejuvenescimento, até mesmo nossa facilidade de cura.

— Ele está tão manhoso. – Acaricio a cabeça do meu filhote, e ele solta um barulhinho de agradecimento, me fazendo sorrir com seu jeitinho doce.

— Cada mês é diferente. – Comenta também passando a mão no grande filhote satisfeito. — Eu sinto que ele muda mais, cada vez que chego para ficar com ele. – Demonstra emoção nas suas palavras, e sorri por ela sempre ter sido boa conosco.

O COMPANHEIRO DE MARIAOnde histórias criam vida. Descubra agora