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N/A: Vocês viram que eu postei script novo? Pois é, pois é, vocês deveriam ir dar uma olhada, é algo muito bom e muito útil (no final dele também tem a minha aparência na minha DR de creepypasta mas esse não é o foco.)

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❝𝐸𝑢 𝑣𝑜𝑢 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑣𝑖𝑣𝑒𝑟. 𝐷𝑒 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎, 𝑒𝑢 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑣𝑖𝑣𝑜.❞

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—Muito bem, David. —Eu voltei a falar depois de sorrir para a resposta dele, tentando manter minha calma. —Primeiro, eu quero que você remova essa venda. Eu preciso ver onde estou e o que está acontecendo ao meu redor. Segundo, eu quero ter acesso a comida e água adequadas. Não posso continuar vivendo nessas condições.

Houve uma pausa antes que ele respondesse. —E por que eu deveria concordar com isso? —Ele perguntou, sua voz fria e calculada.

—Porque eu sou a única pessoa que pode lhe dar as respostas que você procura. —Eu respondi, minha voz firme. —E se você quiser essas respostas, vai ter que me tratar com um pouco mais de humanidade. Eu também sou um ser humano, sabe?

Depois de fazer minha proposta, houve um silêncio tenso. Eu podia ouvir David se movendo do outro lado da cela, o som de seus passos ecoando na sala fria e vazia estava voltando a me deixar nervosa, eu não pedi por muito, mas ainda assim era ousado da minha parte basicamente exigir por algo estando na minha posição atual. Se a audição dele fosse tão boa quanto a minha, tenho certeza de que ele teria ouvido meu coração batendo forte. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ele falou. Sua voz era calma e controlada, mas eu podia detectar um leve traço de surpresa.

—Sua proposta é interessante. —Ele disse, seus passos se aproximaram de onde eu estava até pararem de frente para mim. —É razoável. Eu preciso de respostas primeiro, depois eu removo sua venda.

—E por que você não pode tirar a venda primeiro?

—Será dessa forma ou nada feito.

Um pequeno bufo escapou da minha boca e se não fosse pelos meus olhos cobertos eu os teria revirado em descontentamento. Me ajeitando na cama eu encostei minhas costas contra a parede e mantive meu rosto virado na direção que eu acreditava que o médico estava, gesticulando a cabeça para que ele começasse com seu mais novo questionário.

—Como você conseguiu escapar? —Ele questionou depois de um momento e então eu inclinei minha cabeça para o lado, já fazia algum tempo que eu estava de volta nesse lugar, me surpreende que só agora ele me venha perguntar esse tipo de coisa.

—...eu consegui um cartão de acesso, estava dentro de um dos últimos livros que me entregaram. —Respondi de forma honesta assim como havia prometido.

—E quem te ajudou a fugir?

—Não sei, eu nunca vi a pessoa pessoalmente e, a essa altura, acredito que ela já esteja morta, seja por vocês mesmos ou se suicidando. —Dei de ombros, o paradeiro daquela pessoa não era mais da minha conta.

Claro, pensar que ela poderia estar morta deixava um gosto amargo na minha boca, era a pessoa que me tirou desse lugar, que basicamente salvou minha vida e eu nunca seria capaz de agradecê-la pessoalmente. Minha expressão azedou em uma careta, torcendo o nariz e virando o rosto.

—Você interagiu com algum CP? Se sim, descreva a natureza dessas interações.

Eu fiquei em silêncio por um momento, eu disse que iria cooperar, o que implica responder suas perguntas de forma honesta. Mas até que ponto da honestidade eu podia ir? Uma das cláusulas do contrato que assinei era bem clara sobre as consequências de revelar informações internas para as autoridades e, nesse caso, a Fundação poderia ser considerada uma autoridade, certo?

Espiando Através das EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora