Love Is Where This Begins | Kim + Porchay |

Say "yes" to me

“Na tempestade, eu permaneço lúcida

porque na minha mente só tem você.”

Yes to heaven — Lana Del Rey

Ponto de vista do Kim

Eu não lembrava exatamente quando foi que se tornou tão normal estar tão próximo de Porchay, porque isso foi como se estivesse acontecendo pela primeira vez. Quando percebi, eu já estava me importando com tudo que ele fazia e com o quanto era ruim quando não estávamos perto um do outro.

"Amor" era uma palavra com um significado muito importante e também um sentimento que nunca pensei ser possível sentir por alguém. Minha vida não era a vida de alguém que merecia um amor, pois Wik era apenas um lado diferente. Uma persona criada para que pudesse ter a liberdade que jamais teria sendo um Theerapanyakul. Então, como poderia explicar como aconteceu?

Quando dei por mim já estava com polaroids de Porchay guardados em uma caixa a qual eu protegia como se fosse minha própria vida. Cada pequena foto era de uma lembrança que eu gostaria de guardar comigo em todos os dias de minha vida. O meu adorável garoto estaria guardado e protegido naquela caixa onde nada poderia o tirar de mim... Nem mesmo os segredos ou todas as mentiras. Porchay estaria guardado ali quando nossos dias juntos chegassem ao fim.

Então, em uma simples manhã estávamos deitados no sofá da sala de estar de sua casa. Meus dedos tocando com carinho Porchay. Seria mentira se dissesse que não gostava de estar assim. Sua cabeça apoiada em meu peito. E seu corpo ali muito próximo ao meu. Próximo como se nossos corpos fossem feitos para ter um encaixe perfeito... Como se Porchay fosse feito para pertencer a mim e eu a ele. Naquele dia me sentia estranho por pensar assim, mas sentia. Porchay me pertencia.

O garoto estava quieto, mas eu sabia que não estava dormindo, pois Porchay era péssimo em fingir isso. Eu fiquei ali ainda por um tempo com meus dedos o tocando. A sensação em meu peito era diferente de todas as quais já senti antes. Era diferente de tudo que eu poderia imaginar.

— Por que você está fingindo estar dormindo? — Perguntei ainda com os olhos fechados e Porchay moveu um pouco sua cabeça com seu rosto cada vez mais próximo do meu peito. Minha mão ainda em seu ombro.

— Bem... — Ele demorou um tempo a me responder e isso me acendeu um pouco de curiosidade. — Tenho medo... Que se eu olhar para você, eu vou chorar.

Curvei um pouco a cabeça para o lado e nossos olhos se encontraram por um instante. Porchay tinha um sorrisinho em seu rosto. Um doce sorriso que facilmente estaria entre as coisas mais lindas que já vi na vida. Eu entendia seu medo, porque ouvir aquela frase foi como se minha mente estivesse se abrindo para algo que não estava pronto e tentava ignorar continuamente.

— Kim... — Ele chamou meu nome e meus olhos continuavam ali lhe dando toda a atenção possível. Não tinha para onde olhar agora que não fosse para seu rosto tão adorável para ser real. Porchay fez uma pausa como se não estivesse muito seguro do que poderia dizer após chamar meu nome. — Eu amo você!

Seus olhos brilhavam e ele parecia estar muito aliviado em dizer isso. Foi como se o mundo parasse nesse exato instante. Meus olhos continuavam no rosto de Porchay. Eu não sabia como reagir e não sabia exatamente como poderia me sentir. Era demais... Era muito para que eu pudesse aguentar sem demonstrar nenhuma emoção. A verdade, é que quanto mais tempo eu passo com Porchay, mais eu me sinto preso a ele.

Era como se ele tivesse poderes que iriam me prender a ele durante todos os dias da minha vida. Seu rosto tinha um sorriso doce e eu senti aquela pontada estranha em meu peito. O que poderia dizer agora? Esse garoto tão adorável parecia fazer isso tudo com tanta sinceridade que eu sentia uma dor por saber que estava há pouco de o machucar.