Capítulo 15

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Anastasia

Era hora do almoço no dia seguinte, quando finalmente consegui me sentar e respirar, e cometi o erro de gemer: — Este dia não pode ficar pior!

Os deuses riram de mim e aceitaram o meu desafio, e assim que eu dei uma mordida no sanduíche da máquina de venda automática que fui forçada a pegar nos dez minutos restantes do meu horário de almoço, meu celular tocou. 

Mastiguei rapidamente e engoli, quase engasgando com o pão seco e a manteiga de amendoim, e respondi. 

— Alô?

— Senhora Steele? — Era a voz embargada da diretora da escola de Allie. 

— Boa tarde, diretora Abernathy. — eu disse, reunindo o máximo de entusiasmo falso que pude. — Você está ligando sobre o atraso de Allie hoje de manhã? Lamento o ocorrido. Não sei por que, mas de alguma maneira consegui dormir direto através do meu alarme. — Eu nunca passado pelo alarme antes, pelo menos não que eu pudesse lembrar, mas esta manhã, eu não conseguia sair da cama. Eu culpei o encontro da sobremesa que decidi continuar depois de tudo. 

— Não, Srta. Steele, não estou ligando para isso, embora agora que você mencionou, teremos que resolver isso também.— Ela não parecia satisfeita, e eu engoli um gemido. — Oh, bem, então, com o que posso ajudá-lo hoje? Está tudo bem?

— Não, Srta. Steele, tudo não está bem. — ela cortou, ainda sem responder à minha pergunta ou me dizer o motivo de sua ligação. 

O uso formal do meu nome estava começando a se desgastar nos meus nervos já finos, e eu respondi: — Por que você não vai em frente e me diz por que está ligando?

— Bem, Srta. Steele... — meu nome se tornou escarnecedor, como se fosse amargo nos lábios, — Sua filha entrou em uma briga com outro aluno durante o almoço.

Meu coração deu um pulo. 

— Oh meu Deus, ela está bem? O que aconteceu? Por que alguém iria querer machucar minha Allie?

— Foi Allie quem começou a luta. — disse a diretora Abernathy. 

Minha mente girou. Não havia como minha doce garotinha começar uma briga com alguém. 

— Sinto muito, você deve estar enganada. Por que Allie começaria uma briga com outra garotinha?

— Na verdade, era um garotinho que ela deu um soco nos olhos. Você terá que vir buscá-la, pois ela está sendo suspensa por esta infração.— Sua voz era presunçosa, como se ela gostasse de me dizer que minha filha havia espancado outro garoto e estava sendo suspensa da escola. 

Minha mente girou, mas eu rapidamente concordei em buscá-la e desliguei a ligação. 

No caminho para a escola, criei todos os cenários possíveis do que poderia ter causado minha filha a dar um soco em outro aluno. Corri para o escritório da diretora, onde Allie estava sentada em uma das cadeiras extras, exibindo um lábio sangrando e sorrindo. Quando ela me viu, ela pulou e correu para os meus braços. Apertei-a, coloquei-a de pé e me virei para onde a diretora Abernathy estava sentada atrás de sua mesa enorme, com o rosto extremamente enrugado nos encarando. 

— Allie, você gostaria de contar à sua mãe o que aconteceu? Já que você não vai contar para mim ou para nenhum dos professores?

Eu olhei para minha filha. — O que aconteceu, Allie Bean?

Se fosse possível, seu sorriso se estendeu ainda mais.

— Daxtyn Landers conseguiu o que merecia.

Inclinei minha cabeça e esperei que ela continuasse, mas quando ela não disse mais nada, eu me agachei na frente dela e perguntei: — Ele estava fazendo bullying com você, querida? 

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