| Série Cruel Games #1 |
Enver: Meu plano era simples e objetivo. Me vingar de cada um deles, destruí-los e fazer com que pagassem. Recuperar tudo que era meu. Até ela aparecer... a porra da Garota Dos Sonhos. O maldito rosto com que sonhei e esboce...
The old me is dead and gone, dead and gone And ooh (hey) I've been travelin' on this road too long Just trying to find my way back home (back home) The old me is dead and gone, dead and gone Dead And Gone - T.I feat Justin Timberlake
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— Nunca mais vou reclamar das tarefas fáceis —Vincent franze o cenho, se encarando no retrovisor do carro.
— Então por que o bebê não ficou em casa?
Sage surge do banco de trás do carro, combinando com a seriedade da ocasião, ele estava com os cabelos castanhos escuros em sua versão original. Provocando Vince ao cutucar seu ombro.
— Você deveria ter ficado em casa trocando o esmalte das unhas, mariquinha do caralho.
— Fiz as unhas ontem, querido — assopra na direção dele, com ironia.
Estava fazendo o possível para ser um líder mais justo na distribuição de afazeres, mas ainda era difícil confiar algo sério nas mãos de dois tontos que passaram o caminho inteiro se insultando e por pouco não saindo na porrada dentro do Maserati apertado. Talvez, tenha me arrependido de não ter vindo sozinho.
Me viro do banco do motorista e chamo sua atenção com um estalar de dedos, os olhos escuros me encaram como se prestasse atenção em cada palavra que eu lançava no ar, mas sabia que sua mente estava repleta de pinguins dançando ventre.
— Vince, preciso muito de você hoje, principalmente que colabore não fazendo nada idiota. Está me entendendo? — pressiono sua nuca para baixo, forçando-o a me ouvir.
— Prometo que vou ficar quieto — beija os dedos indicadores — Mas Monty, por que só eu não estou armado?
— Você ainda pergunta? — o gato risonho atenta.
— Não tem necessidade, não vamos usar armas hoje. É só por precaução, vamos usar apenas os olhos e os ouvidos como aliados.
Ele bate uma continência com deboche, mas dou um tapa nele, me afastando em seguida. Respiro fundo e contabilizo mentalmente até me transformar na falsa carranca que preciso vestir na presença deles. Estávamos de frente para os portões, escondidos no interior da costa, após Corn, a fundação carregava um caminho sem placa alguma e desviava de qualquer identificador.
Nossos celulares não possuem sinal, propositalmente eles se esgueiram com o esquema em um local de difícil acesso e rastreio, confesso que é algo inteligente visto ao que fazem.
Os pontos que nos conectam a Sky estão fora do ar pela falta de rede, vamos contar com a sorte.
Saímos do carro, com as laterais sujas pela estrada de terra, ao nosso redor nada nos reveste além do mato perfeitamente aparado e algumas arvores cobrindo a entrada de uma floresta. Os portões de aço são protegidos por cercas elétricas, nenhum segurança na guarita ou fazendo ronda aos arredores, o velho abusava da tecnologia quando tudo era manipulado com a ajuda de inteligência artificial.
