Capítulo 3

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Coraline examinava uma coleta de crime, uma moça um pouco mais jovem que ela tinha acabado de ser morta e na superfície do corpo acharam evidências de abuso sexual e em seu pescoço permanecia uma marca de estrangulamento. Stuart sentiu- se mal pela situação e ainda mais pela família daquela jovem, tentou entender como uma pessoa poderia chegar naquele estado de raiva e cometer tal ato tão brutal e desumano.
Cada vez que investigava aquele corpo mais respostas apareciam, a moça lutou muito para sobreviver,suas unhas e dedos comprovaram isso. Entretanto seu prontuário confirmava com todas as letras que a causa de sua morte fora traumatismo craniano ela recebeu uma pancada muito forte na região da cabeça, nisso acelerou a morte prematura do cérebro. A famosa morte encefálica custando tudo e levando a óbito, coraline pegou o caderno de anotações e escreveu a morte exata 1h da manhã.

- quem fez o atestado de óbito dessa jovem ? - Stuart perguntou para as três pessoas que estavam sentadas um pouco a frente da sua mesa, rapidamente olharam em sua direção com um semblante frio e consciente.

- o hospital se encaminhou disso. - soltou as palavras sua colega de trabalho, valentina guerra. - ainda não fizemos a análise completa, o investigador walker informou que terá um regresso e um oficial virá buscar o resultado do DNA encontrado no corpo da vítima.

- como assim ?- Coraline vociferou com tamanha raiva e angústia, sabia que aquela jovem tinha sido brutalmente assassinada e não tivera a menor chance de revidar e descobrir que a delegacia estava preocupada com a chegada de novos oficiais invés de estarem nas ruas procurando o verdadeiro culpado só aumentou sua fúria. - eles devem está loucos! Onde já se viu uma coisa dessas, cadê a merda da empatia ou a gentileza pelos familiares?

- srta. Stuart estamos também inconformados com essa situação, mas não temos tanta autoridade aqui.- desferiu as palavras com simpatia e educação a veterana michelle jackson, levantou do banco encostado na parede e se aproximou da mesa.- a vítima era minha vizinha, vi ela nascer e crescer nas redondezas, prometi para seus familiares que tentarei dar meu melhor nisso. - deixou escapar uma risada amarga olhando diretamente nos olhos da coraline.- Porém isso não é mais do nosso departamento!

Coraline bufou com tamanha idiotice, jurou para si mesma que não deixaria aquela jovem ter seu caso arquivado como se não fosse nada. Arrumou suas coisas, explorou mais uma vez a foto da moça no prontuário levantou-se, precisava urgentemente de ar puro ou enlouqueceria de vez. Já estava três semanas ali e nenhum momento cogitou a hipótese de desistir mas já estava exausta, as pessoas naquela cidade não levavam as coisas a sério e isso lhe deixava extremamente nervosa e chateada.

- ok. Dê mais dois dias para buscarem o resultado!se não comparecerem...- determinou.- vou justificar o caso como imprudência e inadvertência, aí vou entregar nas mãos da Interpol. - levantou-se confiante e retirou- se do ambiente. Precisava esfriar a cabeça e tinha uma cafeteria duas ruas dali, era isso ou explodiria tudo ao seu redor.

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Stuart enxergou a amiga de longe, willians era chamativa e alegre, por onde passava deixava seu glamour e essência. Stacy atravessou a rua com seu grande sorriso e logo que percebeu a amiga começou a acenar como uma verdadeira criança-adulta. Estava com seus vinte e cinco anos, mas coraline ainda a avistava como uma adolescente sonhadora, nesses longos anos aprendeu muitas coisas com a amiga. E para sempre seria grata.

- saí do consultório assim que vi sua mensagem. - conduziu-se para o banco fofo e macio da cafeteria simples e aconchegante. Era um lugar arejado com janelas transparentes e paredes cor pastéis. - está tendo outro dia difícil? - coraline vasculhou a mesa e saboreou seu capuccino, quando retornou o olhar na amiga murchou-se completamente.

- Estou apenas tentando ser uma heroína novamente... - caiu com o corpo no assento da cadeira e relaxou a cabeça na parede laranja e polida. - tudo está saindo do meu controle, meus colegas de trabalho são uns moles e meus supervisores uns pé no saco. Uma moça morreu e eles estão preocupados com novatos e transferências, fico me perguntando se fosse parentes deles ou filhos. Aí o negócio seria mais embaixo né. Pimenta nos olhos dos outros é refresco! Espero que "esses" novos oficiais sejam melhores que os antigos. - Stacy escutava com um sorriso no rosto e fazia uma massagem na mão da amiga. - e para piorar, agora o investigador walker só fica enchendo o meu saco, quer que eu vá na delegacia assinar uns documentos e auxiliar estagiária que até onde sei é a filha dele.

- ai amiga, você precisa ter paciência nem sempre as coisas sairá do nosso jeito. - Coraline queria escutar a amiga, mas seu ego era muito grande e sua teimosia também. Andavam lado a lado- você precisa se animar! - rapidamente se arrumou no assento e começou a ficar eufórica e entusiasmada mexendo sem parar nos cabelos louros naturais e longos.- tenho um encontro, conheci um rapaz lindo no Tinder.

- como é?

- isso mesmo. - soltou um gritinho de felicidade. - ele se chama peter Johnson, trabalha de detetive e as vezes visita museus de artes e também curte moda.

- parabéns loirinha falsificada!

- aff cora por favor para de ser ranzinza! - stacy fez um beicinho mostrando sua enorme insatisfação com a amiga. - você deveria também arrumar um boy e parar com essa sua chatice, você parece uma idosa sério... só faltou o cabelo branco.

- vou fingir que não ouvi para a amizade continuar. - Stuart deixou uma risada sarcástica sair. - vai se encontrar com o príncipe encantado quando ?

- hoje às 19h no palácio ross.

- caraca então ele é playboy né... - Coraline esticou os olhos e viu a amiga ficar envergonhada.- belo casal de frescos.

- confesso que estou cheia de expectativa, espero que ele seja o que diz ser...

No fundo Stuart também esperava, sabia que no final das contas a amiga merecia o melhor dessa terra e jamais deixará um babaca se aproveitar de sua loura. Mas não poderia ficar o tempo inteiro no alerta, a stacy era adulta tinha noção das próprias atitudes. Só intervia se fosse algo extremamente perigoso, além do mais sabia que a última vez que tivera um encontro bacana fora no ensino médio. Não poderia tirar a chance da amiga de ser feliz e também não era sua decisão. Afinal, só porque ela teve uma experiência ruim isso não significava que a amiga também teria.

- irá dar tudo certo!



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Espero que tenham gostado, obrigada por me acompanharem e até o próximo capítulo 💋

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Amor cruel Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon