6. Dia Cinco

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A noite anterior havia cido a prova viva de que o pobre Padre Jeon estava perdido, perdido nos encantos do seu pequeno fiel, perdido no olhar doce e ao mesmo tempo quente do menor, perdido nos lábios volumosos, perdido nas curvas chamativas e nos toques quentes que somente seu timido e inocente fiel lhe dava. Lembrando de todas as sensações que o menor lhe causava, Jeon se recordou da forma que falou com Jimin, ele havia beijado Jimin, havia tocado seu corpo, o desejado o sentido, assim como também havia sido completamente grosseiro e falso dizendo que foi um erro, que foi pecado e que ele não deveria ter feito aquilo, porque por Deus ou pelo Diabo, Jeon o queria, queria como nunca quis algo ou alguém, queria como se sua vida dependesse daquilo e porra, talvez dependesse.

- Deus? Oque eu faço? Eu o mandei embora, disse que não o queria, disse que foi um erro, um pecado, uma aberração. Mas se é errado, se é um pecado, porque eu gostei tanto? Porque eu quis ir atrás dele no mesmo momento em que ele saiu daqui? Porque eu ainda sinto seu gosto em meus lábios e sua pele quente na ponta dos meus dedos? Se é errado porque eu quero de novo? Me ajude, eu não sei oque fazer. Não deveria ter tratado ele daquela forma se quem tem um voto com o Senhor sou eu, se quem é casado com a Igreja e com seus mandamentos sou eu. Me ajude, eu não sei como vou conseguir olhar para ele hoje. Será que eu o magoei muito? Serei digno do seu perdão e do perdão dele? Me ajude Senhor.

Jeon continuava com suas lamúrias ajoelhado no chão de seu quarto. A verdaade é que em seus lábios ainda estava o gosto do menor e ele queria mais e mais daquilo, mesmo que algo dentro dele gritasse que aquilo estava errado.

- Chico? Sente fome?

Ele fala assim que sente seu pequeno felino esfregar a cabeça em suas pernas. Pegando Chico no colo ele vai até a cozinha, abre um pequeno armário e tira de lá a ração de Chico, ele deposita um pouco no pote do felino e o coloca no chão para que ele possa se alimentar da forma adequada. Vendo seu pequeno companheiro bem alimentado ele parte para a sacristia onde começa arrumar as coisas para a celebração da manhã, a cada nova coisa que o Padre se colocava a fazer ele se sentia só, se sentia assim porque a menos de 24 horas atrás ele teria um pequeno ajudante lhe ajudando e cantarolando, dançando e lhe enchendo de perguntas, mas agora, por escolha sua, ele estava só.


💫

- Oremos.

O Padre fala assim que termina mais um de seus sermões e logo toda a Igreja começa a proferir as palavras da antiga oração.

- "Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade , assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas

assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém."

- Amém!

Jeon finaliza a oração e se põe em seu posto para a hora da comunhão. Ele ergue a hóstia sagrada lhe partindo ao meio e dizendo:

- " Tomai todos e comei, pois este é o meu corpo."

Ele fala e coloca um pequeno pedaço do "corpo de Cristo" em sua boca. Em seguida ele bebe um pouco do vinho que está depositado em um dos cálices da mesa e o ergue dizendo:

A Noite Do Diabo - JikookWhere stories live. Discover now