12

1.6K 124 13
                                    

RUSSO

— Ta arrumando o que ai beatriz? — Perguntei vendo ela esconder o celular.

— Nada papai. — Estendi a mão e ela me devolveu o celular, que estava cheio de joguinho de princesa, essa garota era casca.  Beijei a cabeça dela que sorriu sapeca e foi procurar minha mãe pela casa.

Vi que tinha uma ligação da mandada, tava puto com ela, me fazendo de otário pô, deixa ela que eu pego logo na curva. Sai da casa da minha coroa fazendo um toque com os caras que ficam na segurança e peguei minha moto, indo pra boca.

— Tão no spar porra? — Falei alto ao ver a moleza dos caras. Já tava pá ódio, só queria um pretexto pra voar em um.

— Qual foi chefe, surgiu um problema. — Ratinho entrou na sala todo agitado. — A polícia segurou o caminhão de carga que tava chegando no Rio, levaram tudo, trocaram tiros com os que estavam fazendo a contenção do caminhão.

— Mais que caralho, quantos dos nossos foram levados?

— Três presos, um foi baleado e o restante conseguiu fugir. E agora Russo?

— Aciona o nosso pessoal, essa carga não pode ser perdida, tem muito dinheiro envolvido nisso Ratinho e essa porra estava na minha responsabilidade. — Passei a mão no cabelo buscando uma solução. — Como é que esses filhos da puta ficaram sabendo dessa carga? tava tudo no sigilo, meses planejando essa missão pra levarem assim.

— Ai patrão, mandaram o papo que os canas já estavam com o cerco todo amardo, eles sabiam que armas estariam alí, foram certeiros.

— Só tem 1 explicação, tem X9 messa porra. E se eu pegar esse vacilão, vai ser passado sem pena e vai vestir a camisa da saudade.

— Suspeita de alguém, Russo?

— Por enquanto todo mundo é suspeito até segunda ordem. Vou falar com o Matador pra ver como vamos recuperar essa carga.

— Pode crê.

Fiquei praticamente o dia agarrado na boca, esse armamento que foi apreendido pelos canas estavam dando a maior dor de cabeça, mas iamos recuperar nem que fosse na marra. (•••) Passando de moto avistei a outra subindo cheia de sacola na mão, tava toda diferentona, agora morena.

— Que me matar cara? — Se assustou quando joguei a moto fechando a passagem dela.

— Fiz alguma coisa com você? pra ta fugindo igual diabo foge da cruz, não responde as mensagens que eu mando. Sou criança não Tatiana, se liga.

— Se liga você, Russo. Não vou ficar correndo atrás de você igual muitas ficam, depois que eu estive na sua casa você sumiu, e agora quer me cobrar alguma coisa? — Cruzou os braços na altura dos seios durinhos, porra faço de chupeta fácil. — Quer parar com isso.

— Com isso o que malucona? — Ela estreitou os olhos me fazendo soltar um ar de riso, deixando ela puta, a garota tentou passar mas eu segurei a mão dela. — Calma ai pô, to falando namoral contigo. Sobe aí, te deixo em casa.

— Não precisa, tenho duas pernas. — Disse de uma vez, tava toda irritada mas eu mermo não sabia o motivo.

— Ta com a língua afiada né filha da puta, ja ja acabo com a tua marra. — Ela revirou os olhos. — Foi mal pelo sumiço pô, tinha uma pá de coisa pra resolver e ainda surgiu um problemão que ta na minha responsa.

tatianaOnde histórias criam vida. Descubra agora