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TATIANA

- Vai demorar muito aí? - Leandro perguntou aparecendo na porta do quarto.

- Você é muito chato cara. - Revirei os olhos fechando a calça que era wide leg de lavagem clarinha.

Podia não parecer mas eu estava nervosa pra conhecer a família do meu...do meu caso indefinido.

- Demora pra porra, parece que ta indo pra casamento.

- Se você gosta de andar de qualquer jeito, sinto muito mas eu não gosto. - Coloquei o celular no bolso, mas antes olhei na esperança de ter uma mensagem de dona rute, mas nada. - Tô pronta.

- Obrigada senhor. - Fez graça levantando as mãos pro alto e se aproximou me dando um beijinho. - Tá gatona fiona.

- Fiona é o teu...- Ele tampou minha boca antes que eu pudesse terminar a frase.

- Tá com uma boquinha muito suja você.- Dei de ombros passando por ele saindo do quarto.

(•••)

Leandro parou a moto em frente a uma casa lilás por fora, entramos e deu pra ver que era bem parecida com a dele, só mudava que tinha cores um pouco mais vivas, uma bicicleta rosa e alguns brinquedos pelo quintal que era extenso.

- vovó o papai chegou. - Ouvi uma vez fina vindo de dentro da casa. Logo reconheci que era a mesma voz do dia da ligação, que vergonha senhor. - PAPAI.

- Princesa. - Pegou a filha no colo assim que entramos na casa. A menina era linda e a cara dele, a mãe com certeza deve ver isso e pensar "eu sou uma piada" Beatriz era cuspida o Leandro. - Cadê tua vó?

- Na cozinha papai. - Ela me olhou curiosa e ao mesmo tempo parecendo brava. - Quem é você?

- Essa feia aí é a Tatiana. - Estreitei os olhos pra ele. - Namorada do papai.

Namorada? desde quando definimos isso, esse homem me vem com cada uma que parece duas.

- Leandro? até que fim né. - Uma mulher que aparentava ter um pouco mais dos 40 apareceu na sala, ela olhou pro Leandro e depois pra mim. Eu tinha a sensação de ja ter visto ela em algum lugar. - Oi, você não é a filha da Rute?

- Sim. - Sorri sem graça.

- Menina eu te vi pequena, cheguei a te pegar no colo, frequentava muito a igreja que a sua mãe congregava. Tempos que não a vejo, como ela tá?

- Ela tá bem, a senhora também me pereceu familiar assim que entrei.

- Tatiana né?- Concordei. - Me chamo Renata, bem vinda! mais me diz, então é você que caiu na lábia desse aí, olha menina se eu fosse você...

- Oh, olha a bobeira aí. - Ele cortou a mãe.

- Toma jeito em, vem bibi almoçar. - A menina desceu do colo do pai meio tímida e correu pro lado da vó.

- Daqui a pouco ela fica toda boba contigo, vai ver só, tá de chamego agora. - Ele amenizou assim que eu passei pro lado dele.

- Tua mãe pareceu meio assim, to cheia de vergonha, ainda mais por ela conhecer a minha mãe, olha que situação. - Ele riu da minha cara, peste. - Tô rindo não cara.

tatianaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora