Capítulo 9

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Emily

— Dá para correrem mais devagar? — gritou Lizzie quase sem fôlego.

São mais ou menos 18h30, decidimos vir correr no Central Park porque segundo a Fê precisavamos nos exercitar para nos mantermos em forma.

— Desde quando é que se corre de maneira lenta Lizzie? — revidou a Fê.

— Não disse lento e sim devagar. — se defendeu chegando até fazendo Fernanda revirar os olhos — O que foi Emy?

Bufo estreitando os olhos.

— Não me chame assim. — digo, elas sabem que não gosto quando me chamam assim, contei sobre o ocorrido na biblioteca e desde sempre nunca gostaram de Eduard Royal — Sabe que não gosto.

— Certo, me desculpe. — diz e levanto o polegar — Sei que não gosta daquele homem e sinceramente também não gosto, prefiro o bonitão.

— Eu também prefiro o bonitão.

— Não esperava menos de vocês. — falo ironicamente.

— Claro, nós sabemos que ele é o homem dos seus sonhos. — reviro os olhos —  Sentem aqui. — Lizzie apontou num banquinho e fizemos o que ela pediu — Vamos analisar sua listinha de homem perfeito. — olho para ela chocada e a vejo tirar um pequeno bloco e uma caneta, não acredito nisso.

— Isso vai ser divertido. — disse a Fê e então Lizzie começa.

— Homem perfeito de Emily Mendes. — respirou fundo e cruzo os braços — Número 1. Italiano.

— Oh sim... não esquece dos tatuados ele tem uma tara por eles.

Lizzie concorda e então continua.

— 3. Lindo de morrer, 4. Olhos azuis... — sorri lembrando dos olhos — Fernanda tira uma foto, ela está sorrindo. — ela grita me assustando.

Ela pega no celular para tirar a tal foto e eu bato na sua mão, eu hein, malucas.

— Dá para parar? É melhor voltarmos para casa.

— E podemos continuar a falar sobre o meu quem sabe futuro cunhado? — cruzo os braços olhando para Lizzie com uma sombracelha erguida e ela levanta os braços em redenção.

Eu contei a elas sobre sábado mas só o que conversamos durante a dança, se eu contasse sobre o outro ocorrido elas encheriam o meu saco mas mesmo assim minha querida Lizzie chama ele ou de bonitão ou de cunhado mesmo sabendo que não temos nada e que ele fez isso para provocar ciúmes na tal de Vanessa.

Ela até diz que parecemos personagens dessas histórias do whattpad, essa maluca está a ler demais isso sim.

Levantamos e começamos a caminhar de regresso a casa e fomos o caminho todo em silêncio, cada uma com os seus pensamentos e eu bom não consigo tirar da cabeça aqueles, pares de olhos azuis da cabeça que têm me atormentado desde o dia do quase acidente.

Até parece uma droga, uma droga muito intensa.

(...)                                            

Estou no meu quarto deitada na minha cama virando mais um página do livro que comprei na biblioteca do sr. Jorge e estou a amar cada parte dele "Orgulho e Preconceito".

Amo um bom romance, pena que minha vida amorosa não é tão extraordinária.

Mas me levanto para ir ao banheiro fazer xixi, minha bexiga vai explodir, assim que termino e olho para a calcinha arregalo os olhos por ver que já desceu.

Nathaniel Salvarote Onde histórias criam vida. Descubra agora