Capítulo 2 - o primeiro contato, o pai da minha melhor amiga

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Dias atuais..

Califórnia

Casa da Família Mantin

- O que você acha? O azul ou o verde? - Bailly pergunta, em relação ao qual vestido usar hoje em sua festa de aniversário, enquanto a espero terminar de se arrumar para irmos a faculdade.

Embora sejamos de classes sociais diferentes, estudamos na mesma universidade. Consegui uma bolsa de cinquenta porcento, por meio das minhas notas escolares, dessa forma, os meus pais conseguindo pagar as mensalidades.

- Eu já falei que o verde tá ótimo. - eu bufo, da quantidade de vezes que já respondi a dúvida dela, espalhada em sua cama, jogo a cara no travesseiro.

Estou deitada na cama dela, bolando de um lado para o outro, sem paciência mais, de tanto a esperar. Irei ficar descabelada.

- A gente vai chegar atrasada. Eu não quero perder um dia de aula por sua culpa. - eu me posiciono a ela, levantando e sentando na beirada da cama.

- Aiiii.. - ela revira os olhos, e bufa, fazendo um bicão.

- Tá bom Francine, o verde então. - Bailly resmunga, jogando o azul na cama, se namorando com o verde em frente ao espelho maior que ela.

- Ótimo. Agora vamos? - indago, levantando da cama, pegando os meus pertences, a bolsa e uns livros.

- Espera que eu vou só terminar de arrumar o cabelo. - ela diz, penteando ainda mais o seu cabelo sedoso.

- Tá bom, eu vou descendo as escadas, e se você demorar mais de três minutos, eu vou sem você. - digo sinceramente.

- Larga de ser chata, eu só quero ficar ainda mais bonita para o Brayan. - ela diz, detalhando o motivo. Brayan é o namorado dela, o típico garoto mais popular da faculdade. O que me causa enjoo.

- O seu namorado é um chato e um clichê. - eu finalmente digo o que penso sobre ele, depois de três meses de relacionamento entre eles.

- É, um pouco, mas eu adoro ele. - ela responde, concordando, superando as minhas expectativas.

- Eu vou descer okay? Te dou três minutos. - digo, no momento em que saio do quarto dela, descendo as escadas, até a sala de estar e a porta principal.

No minuto em que chego no penúltimo degrau, o pai da Bailly aparece, chegando de algum lugar, abrindo a porta, e fico sobressaltada. Ele nunca está em casa, faz um bom tempo que não o vejo, sempre está trabalhando, só chega a noite, e quando chega é tão atarefado que raramente a Bailly ou a esposa dele tem um razoável diálogo com ele. Nas noites em que estive na casa da Bailly, contadas vezes o vi, quase nenhuma, nem tão pouco falei.

Ele é CEO de uma rede de empresas de carros luxuosos, que vendem e alugam os mesmos. Já passei por uma das gigantescas lojas dele em um dos pontos centrais mais movimentados da Califórnia, não entrei, porém, a sensação que tive foi de arrepios, vendo aqueles modelos de automóveis imponentes e grandiosos, juntos aos seus funcionários e também funcionárias, sexys, homens altos e sarados de camisa social apertada branca e gravatas, calças sociais justas, e sapatos devidamente estremecedores. Pelo o que notei ao passar por lá, deve ser uma regra da empresa, este nível de fardamento, fundamentado em passar uma boa impressão, chamando a atenção das pessoas.

A mesma coisa com as funcionárias de lá, da Martin Company. Mulheres com cabelos longos e soltos em fios perfeitamente arrumados, blusas sociais, entretanto despojadas, com uma pequena abertura na região dos seios, mostrando um singelo e valorizado decote, calças sociais de cintura alta marcando e valorizando o bumbum, e o mais chamativo, os scarpins de saltos extremamente altos e finos, um tanto que preocupante também. Não deve ser nada confortável passar o dia todo usando aqueles saltos, eu negaria, e provavelmente seria demitida, de forma automática. Na Mantin Company as regras aparentam ser bem rígidas, e não sei se conseguiria cumpri-las, apesar de estar precisando muito de um emprego, para ajudar nas mensalidades da faculdade, e também aos meus pais em casa, nas contas do mês.

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