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Talua Riley, interior da Califórnia

Eu estava sentada em um sofá bege.
— Oi, linda.Senti saudades. — Stu disse,passando pela porta e vindo até mim,me beijando.
— Oi,eu também senti — Respondi sorrindo.
— E desse barrigão.Filho você tá muito grande.Ollie,o papai tava morrendo de saudades sua. — Stu conversou com a minha barriga.
— Não vejo a hora de te conhecer. — O Macher beijou minha barriga,sorrindo igual um bobo.
— Essa sempre foi minha meta com você... — Eu sorri enquanto dizia.
— Eu sei.Me desculpa pelo que eu fiz — Ele continuou ajoelhado no tapete.
— O que Stu,você não fez nada,tá tudo bem.Nos três estamos bem. — Eu coloquei a mão em seu rosto.
Comecei a gritar vendo Billy e Stu como estavam naquela noite, feridos.

Me levantei da cama vendo tudo escuro,Sid estava dormindo na cama da Tate,e minha semelhante em um colchão no chão, ressonando tranquilamente.
Minha mente repassa o sonho e eu me sinto mal,começando a chorar.
Tinha dias que era assim,Sid e Tatum mereciam um descanso,então eu chorava baixinho pra não acordar elas.
Eu choro até minhas pálpebras pesarem,depois eu não lembro de mais nada.
...
—Filha,eu sei que você fica chateada toda vez que temos que falar daquilo.Mais eu me preocupo,sou sua mãe.Não quero perder você,nem seus irmãos. — Mamãe disse colocando a mão em cima da minha.
— Tudo bem mãe.Eu entendo seu lado. — Eu olhei para o pão na minha frente,sem fome.
— Você tem que comer,pelo seu filho. — Ele aproxima o prato de mim.
Eu mordo o pão,sem vontade.
— Bom dia,mãe,bom dia Lua.Bom dia Ollie. — Dewey diz se Juntando. nós na mesa.
— Bom dia,bom dia titio — Respondi.
— Bom dia meus amores — Tatum desceu as escadas alegre.
— Bom dia amor da titia. — Ela conversou com a minha barriga,o bebê mexeu.
— Bom dia gente. — Sid disse bem atrás de Tate.
—  Bom dia — Respondemos.
— Oi Ollie — Sid passou a mão na minha barriga brevemente.
...
Depois do almoço minha mãe terminou mais sapatinhos de crochê pro Oliver.
Estou sentindo contrações desde ontem,mais estou bem.
Comecei a arrumar nossas coisas para voltarmos para o interior.
— Vocês podiam ficar mais alguns dias né?ou até o meu netinho nascer... — Minha mãe disse,me vendo dobrando os presentes do bebê.
— Voltaremos,prometo. — Eu sorri pra ela,que sai do quarto.
— Mamãe acha que deveríamos ficar até o Ollie nascer — Tate disse  atravessando a porta.
— É,ele me disse,também— Eu respondi fechando a mochila.
Tate começou a arrumar suas malas.
Sid adentrou o quarto,comprimindo os lábios.
Ficamos em silêncio enquanto arrumamos nossas malas.
Blanco o petisco da Madame pra saber onde ele tá.
Ele vem do quintal e o Alface vem logo atrás,abanando o rabinho.
A gata mia.
— Eu só queria saber onde você tava,Madame — Eu guardei o petisco e ela balançou o rabinho de zangada.
— E queria saber onde o Faface tava,né Faface? — Perguntei ao cachorro com uma voz infantil.
— Podem ir,depois chamamos vocês,vamos pra casa — Sid disse sorrindo.
Madame miou e deu as costas.
Alface ficou sentado vendo a gente se movimentando.
Quando tudo tava pronto chamei. Madame,que resmungou ao entrar na caixa de transporte.
O Alface foi,bem fofinho.
Colocamos tudo no carro,e fomos nos despedir da nossa família.
— Tem certeza que não querem ficar mais uns dias?—Dewey perguntou abraçado comigo.
— Temos. — Respondi.
— Se cuida,eu amo você. — Ele sussurrou,triste.
— Se cuida,sheriff.Amo você — Eu respondi.
Ele me soltou devagar e eu entrei no carro.
Damos um último adeus antes de Tate partir com o carro.
Vimos a Dona Lori espiando pelo vidro da sala de sua casa,Tate buzinou pra ela,com raiva.
A senhora abaixou a cortina se escondendo.
— Velha fofoqueira!vamos pra casa gente! — Tate disse a última frase empolgada.
Saímos da cidade em pouco tempo.
Um pouco depois começou a escurecer,e eu comecei a cochilar,mesmo incomodada com contrações e dor nas costas.
Não sei por quanto tempo eu dormi,mais Sid e Tatum,estavam acordadas.
Bocejei cansada, espreguiçando.
— Já estamos chegando? — Perguntei com a voz rouca de sono.
— Mais meia hora,mais ou menos. — Tate respondeu,dirigindo.
Fiquei com a cabeça encostada na janela,pensando em tudo e em nada.
Pensei no meu sonho,pensei na família do meu pai,pensei na Madame Abóbora que dormia na caixa de transporte.
Pensei em cortar meu cabelo,talvez pintar.
Até que o Fusca parou de andar de repente,levantei a minha cabeça e vi fumaça saindo do capô.
— Merda! — Tate diz socando o volante,e tentando dar partida no carro.
Olhei ao redor,tudo completamente escuro.
Tatum sai do carro e abre o capô,eu e Sid saímos também.
—Não sei o que pode ser. — Ela disse analisando o carro.
— Eu vou ligar pro Dewey — Eu abro a porta do carro e abro minha bolsa,acendendo a tela do celular,que aparece uma bateria vazia.
—Não! — Eu o jogo no banco.
— Tô sem bateria. — Comunico saindo de dentro do carro.
— Mais que droga. — Tatum diz desesperada.
— Deve ter algum telefone por perto — Sid diz olhando ao redor,tudo escuro e em silêncio,somente sons de animais noturnos.
Sinto minhas contrações mais fortes,mais eu ignoro.
Meu filho não ia nascer em uma situação dessas.
Sinto um líquido descendo pelas minhas pernas e caindo no asfalto,chamando a atenção das meninas.
— Sua bolsa estourou! — Minha semelhante diz em Pânico total.
Eu olho pra baixo,vendo uma mancha escura e úmida no asfalto.
— Tudo bem, respira — Sid diz se aproximando.
Tatum olha em volta de novo.
— Tem uma luz, lá na frente. — Minha irmã diz.
— Pode ser um carro,um poste,qualquer coisa — Eu digo tentando manter minha respiração estável,pela dor.
— A gente vai até lá.Acha que consegue? — Tate passou um braço pela minha cintura.
— Consigo,mais e a Madame,o Alface? Nossas coisas?eu nem trouxe a bolsa maternidade do Oliver — Eu comecei a soar, nervosa.
— Vou trancar o carro. — Ela diz.
Começamos a andar,a dor era cada vez mais forte.
Ao começarmos. Nós aproximar da luz,vimos que era uma casa.
— Uma casa,no meio do nada? — Sid perguntou preocupada.
Éramos três mulheres no breu.
— Vai que tem alguém que pode chamar ambulância,sei lá. — Tate disse esperançosa.
Continuamos a andar e vimos que na verdade era uma clínica.
Ele foi transferido Talua.Agora está do nosso lado,em uma clínica.
A frase ecoou na minha cabeça.




𝕂𝕚𝕝𝕝𝕖𝕣 𝔻𝕠𝕦𝕓𝕥 - 𝕊𝕥𝕦 𝕄𝕒𝕔𝕙𝕖𝕣Where stories live. Discover now