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Rascunho de um desenho que estou fazendo dos Marotos (falta colocar o Remus olhando para a cena incrédulo).

Harry Na Escuta.

— Acho que uma lesma é mais esperta que você — Draco fala irritado.
— Você não explica direito! — Me defendo.
— Eu falei a mesma coisa três vezes, Potter — Draco larga seus pergaminhos e cruza os braços — Isso é literalmente matéria de 6 ano.
Cruzo os braços também.
— Estava muito ocupado no 6 ano tentando não morrer.
Draco revira os olhos e coloca seus papéis em seu colo novamente.
— Se você não fosse tão mal-educado e explicasse a matéria com carinho, talvez eu entendesse — digo.
Draco ergue suas sobrancelhas sorrindo e já tenho uma breve entendimento que ele vai fazer alguma brincadeirinha.
— Você quer que eu explique com carinho? Então tome seu carinho  — Draco ergue sua perna direita com brutalidade vindo em minha direção, ele não chega a encostar em mim, mas somente com o ato é o suficiente pra me esquivar e quase cair de bunda no chão.
— Droga, era pra você cair — Ele fala "triste", mas o sorriso dele mostra que ele está mais do que satisfeito.

Draco tenta me explicar mais uma vez, e dessa vez consigo entender a maior parte da explicação do loiro. Depois passamos o resto da tarde cada um atento a sua tarefa, às vezes escutava o Malfoy xingando o mundo inteiro por ter feito ele estar ali, e só então continuava a fazer sua atividade normalmente.

Quando começa a escurecer eu arrumo minhas coisas para voltar a minha comunal. Já a matéria, eu entendi uma parte do que Draco explicou, talvez eu tenha que ler alguns livros para entender melhor.

Me levanto da cama e coloco minha bolsa nos ombros, Draco não ergue os olhos uma vez sequer, tenho que chamar sua atenção para só então ele erguer sua cabeça em minha direção.

— Eu já estou indo — aviso.
— Tá, a porta está bem ali — Ele aponta com a pena.
Pelo visto, a conversa acabou por aqui. Me viro em direção a porta para ir embora quando Draco volta a falar.
— Aliás, bonita a calça — Draco me elogiando? Essa é nova.
Olho para baixo para lembrar qual é a calça que estou usando, e é uma das que Draco escolheu para mim.
— Obrigado — Falo, volto a andar em direção a porta, e então vem uma pergunta na minha cabeça. — Sério que só reparou agora? Estou aqui há umas três horas.
Draco suspira e volta a me encarar.
— Sou obrigado a ficar reparando? Aliás, eu só olho para o que me interessa, o que, no caso, não é você. Agora por favor saia do meu quarto.

Abro a porta saindo e fechando logo em seguida. Começo a descer as escadas em direção a Comunal da Grifinória. Encaro minha calça novamente enquanto ando, realmente fico bonito com ela. Ela é uma calça preta, não é social, mas também não é qualquer uma. Não sei explicar, não entendo nada de roupas.

Quando Rony e Hermione voltaram do Natal, os dois me perguntaram o porquê da troca repentina de roupas, e foi bem difícil explicar que Draco Malfoy escolheu roupas para mim, depois disso Rony ficou boa parte do dia perguntando se eu estava bem de cabeça.

Eu acho que foi boa essa troca de estilo, fiquei mais da metade da minha vida usando trapos velhos de Duda e outra parte não tinha tempo para escolher roupas, já que tinha um psicopata tentando me matar. Agora que sei que vou viver mais alguns anos, eu tenho a obrigação de viver tudo o que sempre quis, até os desejos mais bobos de criança. Finalmente estou livre e como um ótimo Grifinório que eu sou, não terei medo de testar nada. E por que não começar com uma troca de estilo?

Procuro Rony e Hermione no salão comunal da Grifinória, mas não acho nenhum dos dois, então resolvo subir para os quartos para descansar. Guardo os meus materiais em um dos cantos e deito na cama.

No dia de entregar o trabalho, mostro meus textos para Draco. Ele lê o texto duas vezes, mas não esboça nenhuma reação e nem faz nenhuma brincadeira, na verdade ele não faz e nem fala nada. Só faz um barulho estranho estranho com a garganta e entra na sala de aula.

— Fala alguma coisa! — Falo o seguindo com o trabalho nas mãos.
— O que você quer que eu fale, Potter?
— Está bom? — Pergunto.
Draco pensa por um instante na resposta.
— Acho que você tira um A, se o professor for generoso.
— Um A? Tá falando sério? Porra.
— Relaxa, você não é o Salvador do Mundo Bruxo? Talvez você tire um E — Draco fala sorrindo, mas é um sorriso de zombaria.
— Posso ver o seu?
— Hmm, não.

Draco se senta em uma das mesas, olho para trás e vejo Hermione e Rony me encarando, com toda a certeza os dois irão se sentar juntos, então tomo o meu lugar ao de Draco.

Draco me encara e respira fundo olhando para a frente da sala.
— Por que não posso ver o seu?
— Porque não estou afim.
— Mas eu mostrei o meu pra você.
— Foda-se?

Draco Na Escuta, Câmbio.

Na hora de entregar os trabalhos, Harry pede para que eu entregue o trabalho dele para o professor, o cicatriz estava tão nervoso que parecia estar prestes a desmaiar no meio da sala. Acho que devia ter falado que ele ia ficar com um E, mas não queria dar expectativa para Potter.

Quando sento novamente na cadeira, Potter me encara nervoso.
— Ele falou alguma coisa?
— Não, ele vai corrigir ainda. Acho que você devia saber como os nossos professores trabalham.
Ele não responde, só continua me encarando. Respiro fundo.
— Não se preocupe, deixa pra se preocupar nos NIEM. Ai você pode ter quantas crises de ansiedade que quiser.
— Uau, ótima motivação, Malfoy.

Potter ficou me seguindo em quase todas as nossas aulas conjuntas, e em todas ele fez questão de sentar ao meu lado. Com o passar das aulas Potter foi se acalmando e esquecendo o trabalho. Agora ele falava sobre quem ele achava que iria ganhar no jogo de Quadribol. De acordo com Potter, ele tem certeza que  a Lufa-lufa irá ganhar da Corvinal, não é como se eu me importasse muito, se dependesse de mim, nem jogos teríamos esse ano.

— A conversa estava boa, hein — Pansy fala.
Estamos almoçando agora, e esse é provavelmente o único momento que Potter não irá me perseguir igual um doido.
— Vocês ficaram juntos praticamente a manhã inteira — Blaise fala.
Bebo meu suco de abóbora, pensando em uma ótima resposta para os dois.
— Não é nada de mais — Falo.
— Hmm, você percebeu que Potter mudou seu estilo?
Blaise sorri.
— Oh, sim. Acredita que ele tem uma blusa super parecida com a sua, até parece que ele se inspirou em você.
— Estão passando tanto tempo juntos que o Potter vai ficar igual você daqui a pouco — Pansy fala rindo.
Reviro os olhos.
— Duvido muito ele ficar igual a mim.

Hoje eu conversei muito com todo mundo, e agora a única coisa que gostaria de fazer é deitar na minha cama e dormir. Foi legal ficar ouvindo Potter falar, mas juro que não consigo mais ouvir ninguém falando por hoje.

Entro no quarto me jogando na cama.
Cama.

Um objeto tão perfeito que trás conforto para todos. Ainda bem que os deuses me livraram de nascer em uma época em que não existia cama, imagina eu, um Malfoy dormindo em pedra ou pior, no chão. Não. Eu não nasci para isso.

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Perco um ano de vida toda vez que vou ler essa história (já que fiquei tanto tempo sem atualizar que não lembro de mais nada) e vejo todos esses erros ortográficos, cenas idiotas e falas idiotas.

Não querendo julgar vocês, longe disso. E obrigada por ler essa bomba, mas porquê caralhos vocês ainda lêem isso?

Acho que vou escrever até o capítulo 20 e então irei revisar toda essa história.

É isso até a próxima.

Depois da Guerra. . . - Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora