capítulo vinte e quatro

1.6K 214 166
                                    

CAPÍTULO VINTE E QUATRO.
CAPÍTULO POR AUTORA.
📍 SÃO PAULO — SP.
DIAS DEPOIS.

Cecília, havia tirado o dia para comprar os presentes de natal, a mesma foi junto da mãe, e assim que terminaram, a mãe foi para o trabalho e ela para casa.

— Entregue, senhorita. — senhor José fala todo simpático.

— Obrigado, sr. José. — agradeço saindo do carro e abrindo a guia.

O sr. José é o motorista de confiança do bairro e de Cecília quando ela precisa ir para qualquer lugar quando está sozinha,  é aquele motorista que sempre está salvando qualquer morador.

Cecília saiu do carro, caminhou na calçada até chegar no portão da casa, pegou a chave na bolsa e com cuidado e depois de uns segundos ela abriu o portão.

Antes mesmo de entrar,  ela sentiu mãos a empurrando e o portão bater, deixando ela desesperada ao ouvir a voz de Elson.

— Quero falar com você. — junto da voz dele, ela ouviu o barulho das chaves.

— Eu não tenho nada pra falar com você, Elson.

— Tem, óbvio que tem. Precisamos conversar, Cecília. — ele segurou o braço de Cecília e a puxou fazendo a mesma andar junto dele.

— ME SOLTA. — Cecília gritava pedindo para Elson solta-lá, mas o mesmo só a soltou quando ele abriu a porta e os dois estavam dentro da casa.

Cecília se soltou e se afastou do mesmo.

— VAI EMBORA DAQUI, SOME DAQUI ELSON, EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ.

— VOCÊ VAI ME OUVIR.

Cecília balançou a cabeça negando e chorando. Além de toda raiva, ela também sentia muito medo, queria que alguém chegasse ali, e acabasse com tudo aquilo.

— Eu preciso de ajuda. — Elson regulou o tom de voz. — Eu preciso de dinheiro pra pagar algumas coisas, estão atrás de mim, querendo esse dinheiro, e o juros dessa dívida só aumenta.

Cecília continuou calada, apenas ouvindo.

— Seu namorado me deu um valor daquela vez, eu até paguei, mas eu preciso de mais. Por favor, minha filha. — ele se aproximou pegando na mão de Cecília que se afastou. — Por favor, me ajuda.

O celular de Cecília começou a tocar, e ela não se deu o trabalho de pegar ela na bolsa que estava no seu ombro.

— Deve ser seu namorado, atende... atende e fala pra ele qu... — Cecília balançou a cabeça negando, antes mesmo de ouvir toda a frase do homem.

— Eu não vou atender.

Ela sabia que se atendesse e o Thiago ouvisse a voz de Elson, ou se ela falasse o que estava acontecendo iria fazer tudo se transformar em uma maior caos.

— VOCÊ ATENDE. — Elson grita assustando Cecília fazendo ela chorar com mais intensidade. — ATENDE. — Elson grita novamente, quebrando um vaso de flores que estava ali na sala.

— Para, para, para... — Cecília pede, e Elson segura os braços dela com força, sacudindo a mesma que chorava desesperada.

— Eu não tô brincando, Cecília. Você vai ligar agora, pra esse moleque ou pra sua mãe e avisar que eu tô aqui e quero falar com eles.

— Eu não vou ligar pra eles. — Cecília fala balançando a cabeça, e ele aperta mais o braço dela. — Você pode me machucar, mas eu não vou ligar. Você não vai conseguir dessa vez. Eu não vou te ajudar, eu não quero te ajudar.

Amar | VEIGH.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora