Cap. 42 - Fabuloso

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🍃 No sabor da vitória existe um ingrediente chamado luta.🍃

...

Já haviam passado mais de TRÊS horas desde que Henrique havia saído para buscar a arma na delegacia.

Julião levou a bandeja de café a sala onde Sofia estava andando de um lado a outro, ligando pela décima vez.

- De 10 ligações, 11 dá caixa postal, Julião. Faz alguma coisa!

Ele franziu e a campainha tocou, ela olhou a porta e Julião fez sinal para ela esperar e olhou na câmera acima do alarme. Ele a olhou e abriu.

Henrique entrou e ela o fitou, estava realmente muito brava

- Você levou mais de 3 horas pra pegar uma coisa tão simples e tão perto?! Onde você estava?

'Quando foi o nosso casamento?' com certeza isso passou pela cabeça de Henrique, mas devido a braveza de Sofia, nem cogitou dizer nada contrário.

Julião achou engraçado e Sofia o fitou e ele parou, pegou sua xícara e sentou. Sofia olhou Henrique ainda brava, com as mãos na cintura.

Henrique tirou um papel do bolso e entregou a Julião, e explicou o porquê da demora, e nem era tanta assim.

- Eu passei por aquele hotel, maldito hotel, tentei falar com algum funcionário antigo, mas o mais antigo trabalha há 10 anos e não conhece por nome ou pela foto que mostrei. Ninguém sabe de nada.

Sofia o ouvia, ele sentou no sofá e ela no outro ao lado de Julião.

- Voltar aquele hotel é tão angustiante que causa náuseas. - Disse Henrique

- Eu sei. Eu já voltei a cena do crime e não foi nada bom. - Disse Sofia - é como estar novamente naquele dia fatal.

- Esse é o nome da pessoa que eu falei - disse Henrique a Julião sobre o papel que lhe entregou.

- Amanhã antes de irmos eu quero voltar lá. Dar mais uma olhada naquele quarto de hotel. Embora a passagem já não exista, eu quero voltar lá.

- Não é necessário - Disse Julião pondo sua xícara na mesinha de centro - vocês vão se machucar de novo. A gente tem o que é suficiente pra reabrir o caso, tenho fé que com o que temos eles vão aceitar. Vão analisar e vão aceitar. Depois é só esticar a mão e pegar a sua inocência ser provada.

- Eu não quero criar falsas expectativas. Já criei demais desde sempre. Tudo que sonhei foi tirado de mim e não quero me decepcionar. - Disse Sofia - além do mais, e se eu não conseguir e mandarem me prender de novo.

- Esse é o risco 1 em 1 milhão - Disse Sofia, apreensiva e insegura - eu posso perder, eu posso ganhar.

- Você sabe por que eu fui a sua casa, pela segunda vez? - Perguntou Henrique, sentado, num tom calmo e reflexivo

Ele respondeu a própria pergunta, com mesmo tom lento, mas incisivo

- Porque se houvesse 1% de chance de você ser inocente, mudaria a história toda. E olha onde estamos nesse momento. Então, se você tem 1% de chance de vencer, tente. Você não é mais a menina que ouviu todos nós te acusarmos há vinte anos. Você é aquela mulher que acusou a todos nós naquele confronto. Então pare de bancar a garotinha medrosa e haja como uma mulher inocente.

Ele levantou e subiu, ela ficou sentada, pensativa e sorriu. Julião olhava o papel e ia falar alguma coisa, mas Sofia disse levantando dedo

- Não fala nada.

Na ContЯamão - o Amor Te Fará Livre ©  (RETIRADA 01/07)Onde histórias criam vida. Descubra agora