o que houve?

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Fui pra escola a procura de Savannah, não tinha conseguido me desculpar por ter a assustado

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Fui pra escola a procura de Savannah, não tinha conseguido me desculpar por ter a assustado. Sofya disse que o pai dela queria que ela ficasse em sua casa, o que era esquisito...

Savannah nunca falava de seu pai, e sempre mudava o assunto quando eu tentava saber.

Sofya me deu tchau e foi para a aula, a primeira aula era de matemática, o que significava que eu a veria, mas, a garota não estava na frente e sim bem no fundo, quase escondida, fui em sua direção e sentei ao seu lado.

- Ei, Sav... Me desculpa por ontem, de verdade. Eu não queria ter te assustado, eu nem sei ao certo o que aconteceu. Me perdoa?

A Savannah estava cobrindo sua boca, enquanto segurava a manga da sua blusa fortemente, ela apenas balançou a cabeça concordando.

- Você vai pra minha casa hoje?Me deixa te levar pra almoçar para compensar... Não sei... Se quiser fazer algo?

Ela balançou a cabeça negativamente, e por um instante pude ver um roxo em seu braço. Nada delicado eu puxei a manga a deixando assustada, fazendo-a tirar a mão da boca, pude ver o pequeno corte em seus lábios.

- Que porra é essa? Quem fez isso com você?Me responde! - Ela estava quieta sem reação, senti uma raiva crescer em mim, como alguém tinha a coragem de bater em um ser tão puro e gentil como a Sav? - Savannah me fala, agora!

Os olhos dela estavam começando a encher de água, peguei nossas coisas, e antes de algum professor entrar, segurei sua mão e a puxei para fora da sala. Ali perto, no final do corredor, tinha uma sala "abandonada".

-Que porra é essa?
Falei enquanto entrava junto da garota.

Nunca havia falado sobre a minha situação familiar com ninguém, só com Sofya, e não sabia se estava pronta para falar, respirei fundo, e comecei a falar:

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Nunca havia falado sobre a minha situação familiar com ninguém, só com Sofya, e não sabia se estava pronta para falar, respirei fundo, e comecei a falar:

- Você tem que manter isso em segredo. Estou falando sério! Nunca falei disso com ninguém, além da sua irmã! - Ele estava parecendo confuso e ao mesmo tempo nervoso, mas assentiu. - Meu pai tem problema com alcoolismo, e ele acabou fazendo isso, mas não é nada demais, sério!

- Nada demais? Em que mundo você vive?
Ele falava indignado, me deixando nervosa. Em que mundo eu vivia? Em um mundo terrivelmente pior do que o dele! Juntando todas as coisas acumuladas dentro de mim, soltei tudo de vez em cima do garota.

- Num mundo bem pior que o seu Joshua! Você tem a vida perfeita, seus pais só se importam com a sua felicidade, você e sua irmã já tem casa própria, apenas esperando a hora de vocês se mudarem, ganharam carro no aniversário de 16 anos, tem dinheiro pra tudo! - Respirei fundo, isso era tão injusto. -E eu?Eu lido com diversas coisas, tenho que me esforçar se quiser continuar nessa escola, ou se quiser ser alguém na vida. Enquanto lido com a porra do meu pai, e com a doença da minha mãe, sempre lidei com isso, para você e seus colegas idiotas falavam coisas maldosas sobre mim! Por que você acha que fiquei assustada ontem? Eu vivo nessa porra desde que nasci, e eu não quero sua pena, não quero nada vindo de você!

Peguei minhas coisas ao ouvir o sinal bater, e saí batendo a porta. Talvez eu estivesse exagerando, talvez eu tivesse descontado um ódio acumulado dentro de mim, em um garoto inocente.

Que porra foi essa? Acho que foi o maior choque de realidade que eu havia tomado em toda a minha vida, saí da sala e fui ao encontro dos gêmeos, estava na cara que eu estava um tanto quanto "esquisito" e incomodado

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Que porra foi essa? Acho que foi o maior choque de realidade que eu havia tomado em toda a minha vida, saí da sala e fui ao encontro dos gêmeos, estava na cara que eu estava um tanto quanto "esquisito" e incomodado.

- Que que foi loirinho, levou um fora é? - Bailey falou mas viu que eu estava sério. -Ih, o bagulho é sério!

Bina me abraçou e disse:
- O que rolou amor?

- Nada demais, conversei com a Savannah e ela me disse coisas horríveis sobre a realidade em que ela vive, me sinto péssimo agora que sei tudo que ela passa...

- Você tinha que falar com ela, tentar ajudá-la, e quem sabe você ganha o coração da gatinha!

- Você é conselheira desde quando Sabina?
Disse Bailey que acabara de levar um tapa.

- Mas como? - Perguntei. - Eu não sou muito bom de conversar, só românticamente... Sabe como é né?
- Desculpa aí, garanhão.

Bailey falou tirando sarro de mim.
- Isso é um assusto sério para os dois ficarem brincando! Não sei, Josh, talvez você pudesse ser mais gentil? Acho que já ajudaria... Sei que você já conversou com ela, e que não deu muito bom, mas, talvez devesse tentar de novo e perguntar como pode ajudar.
- E se ela não me responder, Bina?
- Ao menos, ela saberá que você está tentando ajudar, e que realmente se importa com ela.

- Ou... - Bailey começou a falar. - Ela vai achar que você só está se importando porquê quer comer ela.
- Bailey May! - Sabina o repreendeu. - Quer parar? Não o escute, Josh. Tente, ao menos tirará esse peso de seus ombros, não?

- Ele tem razão, fui falar com ela ontem, e ela achou que eu só estava a usando para ganhar nota, e não perder minha mesada!
- Bom, isso não é culpa dela... Você usou a maioria das mulheres nessa escola, sua fama não é uma das melhores...
- Obrigado, Bailey. - Respondi meu melhor amigo. - Você sempre está aqui para me ajudar...

Bailey ia me responder, mas o sinal logo bateu.
O que eu poderia fazer para ajudá-la?

Save me | REESCRITAWhere stories live. Discover now