Cap 78

818 77 15
                                    

Satisfeita sasa?

Billie

O dia hoje havia sido muito mais estressante do que eu tinha imaginado. A correria para descobrir quem está pichando as paredes continua, e o pichador, agora, mesmo durante a luz do dia, está escrevendo coisas com sentido. Talvez o tumulto tenha facilitado para ele fazer as suas artes durante o dia. Agora seu objetivo é falar mal das pessoas, na verdade, todas as pessoas citadas em suas pichações são mulheres. Meninas desta escola.

Não sei o que aconteceu com todo mundo no final desse ano, mas parece que todo mundo enlouqueceu. Parece que a chance de fazer a vida dos outros mais miserável é agora, e é exatamente isso que aparentemente todo mundo está fazendo. Aproveitando a chance de estragar a vida alheia.

Acho que essa escola precisa contratar um psicólogo para atender os alunos dress escola urgentemente.

Como ambos nossos pais acham que eu e a Aurora estamos nos treinos para os jogos de final de ano, quando as aulas acabam, eu e ela temos algum tempo antes de ir para casa.

A encontro no estacionamento da escola, onde nós duas entramos no carro e partimos pela estrada sem rumo. Desta vez, ao invés de ir para o morro, eu literalmente parto pela estrada, que dá para outra cidade, mas não vou muito longe, já que quero ter mais tempo com a Aurora ao invés de ficar dirigindo.

Quando encontro uma das paisagens mais bonitas da cidade, paro o carro um pouco afastado da estrada, que está vazia a esta hora, e abro os vidros. Desligo o carro e olho para frente, logo depois de olhar para o rosto confuso de Aurora.

— É literalmente o meio do nada — ela diz, olhando para os lados.

— Não é belo?

— Por que você gosta tanto de lugares vazios, sem uma pessoa viva perto de você? Às vezes eu tenho medo dessa Billie, não posso mentir — Ela faz uma careta.

Estico as minhas mãos até o banco dela e entrelaço meus dedos em seu cabelo.

— Esses lugares me fazem pensar, por isso que gosto deles.

— E você não pode pensar onde tem outras pessoas?

Faço que não com a cabeça. — Pensamentos demais juntos, não consigo.

— Mas você não vai ouvi o que elas estão pensando.

— Mas eu vou escutar o que estes pensamentos as mandaram fazer, e as vezes essas ordens são barulhentas e chatas.

Aurora revira os olhos e encara o sol batendo nas folhas das árvores de leve, espelhando o brilho para nós.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo as nossas respirações em coro.

Ligo o rádio e procuro uma música relaxante para aliviar meus ombros que estão tão tensos que quase chegam até as minhas orelhas. Isso é muito estranho. Ficar perto da Aurora ainda me deixa inquieta, como se eu fosse uma garota tímida no primeiro encontro com uma garota que é demais para mim.

— Vamos conversar de algo bom — ela diz, logo depois que uma música instrumental deprimente começa a tocar. Eu mudo a estação de novo e encontro um jazz suave. Gosto da sensação que aquela música me transmite e deixo ela tocando.

— Essa música é boa — comento.

Ela concorda com a cabeça e começa a dançar lentamente, combinando perfeitamente com o ritmo da música.

— Você gosta de jazz? — Ela pergunta, levantando um pouco e da blusa até mostrar seu sutiã de renda branco.

— Gos... — tento responder, mas na primeira tentativa, a minha voz mais rouca que o normal. Mas como poderia ficar normal quando a Aurora está praticamente fazendo uma striptease pra mim. — Agora eu gosto — corrijo, olhando fixamente para ela.

Diga Meu Nome | G!P | Where stories live. Discover now