Capítulo 5

27 8 2
                                    



Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Sallie Mathews

Meu sorriso largo vai de orelha a orelha ao tocar em uma arma novamente, sentindo a textura lisa sob minha mão, fazendo menção de apertar o gatilho com o indicador. Após tanto tempo se ver ou tocar uma, que satisfatório.

— Esse lugar será perfeito. — Murmura Effie Zavala, que mantinha seus olhos fixos aos computadores com diversos dispositivos que não me interesso em saber o nome.

— Não aperta isso, está louca. — Meu olhar para na Santines, com o olho arregalado e a voz insuportável de quem tentava ser mais certinha que a Gowin.

Se fosse tão correta quanto tenta dizer e demonstra em suas ações não estaria neste fim de mundo para menor delinquentes que não tem mais jeito na vida.

— Correta Santines, se meu dedo deslizasse acidentalmente assim... — Aponto no canto superior direito da sala, em nenhum ponto fixo, sentindo a adrenalina percorrer meu corpo assim que a bala atinge o alvo final em um estrondo confortável e conhecido por mim.

O olhar reprovador da Zavala parou em mim, sem mexer mais nos computadores, com sua boca se movendo silenciosamente.

— Hija da puta. — diz Zavala. Seguro o riso com a adrenalina ainda percorrendo meu corpo.

Pronta para o sermão que viria da Santines, mas algo chamou sua atenção antes mesmo de abrir a boca, desligando o interruptor de luz rapidamente que havia ao seu lado.

Nossos olhares foram para janela inteira que refletia a luz da lua cheia lá fora, com um pontinho de luz sendo guiado para o depósito que estávamos com a voz rouca e grossa do guarda ecoando pelas paredes que contemplavam o ambiente.

— Tem alguém aí? — diz, sua voz emanando medo.

Engulo em seco sem mover os músculos com a mão direita erguida da Effie, em um gesto com o dedo indicador tampando seus lábios, para que fizéssemos o mesmo.

— Merda, merda. — murmura Santines, encaro seu rosto franzindo a sobrancelha, para que ela permaneça em silêncio.

— Tem alguém aí, se tiver saia agora! Que não direi pra ninguém, não me façam de bobo menores insolentes. — só cairia nessa quem fosse amador, no momento em que pisássemos para fora ele seria o primeiro a nos encrencar não só eu como as outras duas perceberam, ficando caladas.

A lanterna de sua mão se movia de um lado ao outro pela janela, pegando pontos próximos a gente. A adrenalina de ser pega a qualquer momento me fazia sentir viva, pela primeira vez.

A sombra do guarda sob a luz vinha em direção a porta, balançando a cabeça para que Effie jogue a latinha que se encontrava ao lado da mesa em que estava, para levá-lo para longe, mas Santines é mais rápida, abrindo com cuidado o rodapé de madeira assim que um rato sai correndo chamando a atenção do guarda pra si.

— Não era nada, cada um aos seus respectivos postos. — fala ao walk talk, deduzo, fazendo nos três respirarmos aliviadas.

(...)

Seguro a bandeja com as duas mãos, seguindo para o canto mais afastado do refeitório, onde já se encontravam as meninas.

— Fomos ao galpão ontem. — fala a Zavala, com a voz baixa. — Tem de computadores a equipamentos de ciências, daria até pra fazer uma bomba se quiséssemos. — fala animada.

— Ratos, tem ratos. — Murmura Santines com a careta de nojo estampada em seu rosto. — E se não fosse a Sallie tínhamos visto mais coisas! Já que atirou chamando atenção do guarda.

Por algum milagre, ou azar Gowin estava presente na mesa, com a Banks calada. Gowin não afetando nenhuma minoria e a Banks e ela trocando farpas aleatoriamente, o mais puro silêncio.

— Ratos são o de menos, lá é uma mina de ouro, o final do nosso arco íris. — Não contenho o sorriso em meu rosto, me sentando ao lado de Zavala. — Mas Sallie atrapalhou um pouco nossos planos, poderíamos ser pegas. — reviro os olhos.

— O que faz pensar que vocês poderiam ir sem mim? — Diz Gowin, batendo seu salto ao chão, com os braços cruzados em uma birra sem fim. — Eu contei do lugar, portanto ele é meu e vocês não pediram permissão para ir! Ratas imundas.

Pela irritação maior do que normalmente, a noite dela foi longa com Amber ao seu lado.

— Na verdade, sendo assim é nosso. — Noah abre a boca pela primeira vez. — Somos um time, não?

— Linda e sua mania de achar que é importante a esse ponto, ter sido abandonada pelo papai já não foi suficiente? — Callie ri, batucando os dedos na mesa. — Agora é de todas nós e se de por satisfeita de termos aceito você.

— O que tinha de tão importante lá. — A voz baixa de Madelyn chamou nossa atenção. — Precisamos de um nome.

Nos entre olhamos, concordando com a cabeça.

— Até que você é inteligente Madelyn! — falo debochada, levando a maçã a boca. — Tinha de tudo como disse a Effie e você é insuportável certinha Santines.

— Boa noite Cinderela. — Murmura Beatrice.

— Já existe. — Falo sem humor. — Morte súbita! — proponho, vendo todas negarem. — Nem foi tão legal, falei brincando.

— Lágrimas Gowin de felicidade. — Linda propõe.

— NUNCA! — Falamos em uníssono.

— Sonrisa. — Diz Effie. — Sorriso em português, já que faz sorrir em uma onda de alegria.

— Podemos anotar esse. — Diz Noah, anotando na própria mão.

— BelaFenix. — Propõe Callie, fazendo concordarmos enquanto noah novamente anotava em sua mão.

A batida de pé no chão de amber chamou nossa atenção que abriu a boca pela primeira vez ao dia.

— Sueño de las flores. — fala baixo, intercalando o olhar em todas nós. — Sonho das flores. — Fala curta, mordendo o lábio inferior.

— Estou de acordo. — Murmura Callie.

— Nós também. — Noah e Beatrice seguem, sorrindo uma para outra.

— Sueño de las flores. — Zavala murmura, vendo como que ficava o nome em sua boca — Por mim ok.

— Até que é bom, estou de acordo. — Diz Madelyn, voltando a comer sua gelatina verde.

— Tá, ta! — fala Gowin. — Concordo com esse nome. — olha para nós com desdém, passando suas mãos sob o vestido em que estava.

Os olhares de todas elas pararam em mim, me fazendo encara-las com deboche.

— Ok, ok! Vocês venceram, Sueño de las flores. — ergo as mãos em rendição, vendo o sorriso ladino de Amber.

O restante do café da manhã foi regado de brigas, já que todas nós tínhamos jeito parecidos.. e por ironia do destino, mais uma vez, estávamos juntas em outro trabalho.

Tentação Obscura: Um Pacto nas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora